É suposto chegarmos a este dia e fazermos uma retrospectiva de como correu o ano que passou.
Um balanço, uma lista de prós e contras, uma análise detalhada de tudo quanto nos aconteceu, nos moldou, nos mudou...e votos e desejos de tudo o que queremos que passe pela nossa vida no próximo ano.
Comecei o último dia de 2014 deitada na cama a pensar no quanto este ano me massacrou. O quão vincadas ficaram todas as cicatrizes que anos anteriores já tinham deixado e o quão difícil é todos os dias acordar motivada para uma vida que já não reconheço como minha.
Depois de pensar no quanto tudo doeu, vieram à tona todas as memórias de coisas boas que me foram acontecendo, as pequenas vitórias diárias que servem sempre de combustível, a capacidade de amar e ver o coração transbordar para fora do peito, a família sempre com um sorriso, os amigos que apesar de longe ou ocupados encontram sempre um momento para nos dizer que tudo vai correr bem no final.
Não sei se consigo suportar outro ano igual a 2014, a cambalear vazia pelos dias, usando os outros e as minhas próprias emoções como muletas para me aguentar numa rotina que considero suicida.
Preciso de novos horizontes, de novos desafios profissionais, de novas conquistas e hobbies e interesses e sonhos.
Este foi o ano em que, apesar de novas pessoas terem passado a fazer parte de mim, me senti mais sozinha. Como se me fartasse de gritar numa sala cheia de gente mas apenas eu me pudesse ouvir. E acreditem que ouvirmos os nossos próprios gritos durante meses a fio não é de todo uma sensação agradável.
Hoje não vou pedir desejos. Nem comer uvas passas ou subir cadeiras ou agarrar em notas enquanto uso lingerie azul. Hoje vou brindar, rodeada pelos meus, ao início de um novo ciclo de esperança e ao fim de um ano desastroso que unicamente me trouxe de bom a capacidade de amar. O pior nisto tudo é saber, que ainda que eu tenha adquirido de facto essa capacidade e que seja capaz de sentir este mundo e o outro, o mundo não me sente a mim. E isso é que é uma filha da putice que vamos ter de alterar em 2015.
Bom Ano!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
domingo, 28 de dezembro de 2014
do primeiro post sem título
"The list includes all types of association of
Audrey Hepburn with Frank Sinatra in movies.
As of today, Audrey Hepburn and Frank Sinatra
sábado, 13 de dezembro de 2014
do espírito
está a chegar aquela altura do ano em que engordamos todos 3kgs com os doces da mamã e o álcool do papá, em que gastamos os olhos da cara num vestido para a passagem de ano que não voltaremos a vestir tão cedo, em que vemos 1001 opções de passagem de ano e acabamos por ficar em casa onde um pijama servia perfeitamente para entrar no novo ano.
também é nesta altura que discutimos com os amigos por não encontrarem uma porra de uma data em que dê para todos estarem presentes no jantar de Natal, em que consequentemente desistimos de fazer um jantar de Natal, em que tentamos a todo o custo estar com todos os amigos que raramente vemos mas que nesta altura gostavamos mesmo de rever e nem isso sabemos se será possível. é nesta altura que desesperamos pelas prendas que faltam comprar, como se uma prenda devolvesse todo o amor que fica por dar no resto dos dias e as filas intermináveis de embrulhos e talões sem preço nos redimissem se tudo errado que passou.
este ano já tratei das prendas praticamente todas, estou a tentar alinhas os xacras para não assassinar ninguém no emprego, já revi receitas de Natal e prometi à progenitora que vou deixar alguns doces por minha conta. este ano não vou comprar um vestido novo, nem repensar a maquilhagem, nem tampouco procurar ideias para a passagem de ano. a garrafeira do papá está abastecida, as prendas dos miúdos compradas e o verdadeiro significado do Natal quer-se com uma árvore recheada de pais natais e luzinhas e estrelas e renas, mas sem ter assim tantas prendas. a passagem de ano será com certeza passada com quem se ama, por entre champanhe e um vestido antigo, mas com a esperança de que 2015 seja amável com tudo o que 2014 deixou pendente.
afinal de contas, os anos ensinam-nos o que é mais importante. ou pelo menos assim deveria ser.
Boas Festas.
também é nesta altura que discutimos com os amigos por não encontrarem uma porra de uma data em que dê para todos estarem presentes no jantar de Natal, em que consequentemente desistimos de fazer um jantar de Natal, em que tentamos a todo o custo estar com todos os amigos que raramente vemos mas que nesta altura gostavamos mesmo de rever e nem isso sabemos se será possível. é nesta altura que desesperamos pelas prendas que faltam comprar, como se uma prenda devolvesse todo o amor que fica por dar no resto dos dias e as filas intermináveis de embrulhos e talões sem preço nos redimissem se tudo errado que passou.
este ano já tratei das prendas praticamente todas, estou a tentar alinhas os xacras para não assassinar ninguém no emprego, já revi receitas de Natal e prometi à progenitora que vou deixar alguns doces por minha conta. este ano não vou comprar um vestido novo, nem repensar a maquilhagem, nem tampouco procurar ideias para a passagem de ano. a garrafeira do papá está abastecida, as prendas dos miúdos compradas e o verdadeiro significado do Natal quer-se com uma árvore recheada de pais natais e luzinhas e estrelas e renas, mas sem ter assim tantas prendas. a passagem de ano será com certeza passada com quem se ama, por entre champanhe e um vestido antigo, mas com a esperança de que 2015 seja amável com tudo o que 2014 deixou pendente.
afinal de contas, os anos ensinam-nos o que é mais importante. ou pelo menos assim deveria ser.
Boas Festas.
sábado, 6 de dezembro de 2014
das resoluções de fim de ano
finalmente alguma motivação para encerrar de vez um capítulo da minha vida, que há muito estava pendente e bloqueado.
prendas de Natal quase todas compradas, receitas de doces aprimoradas, postais para o PPC pensados e quase prontos a enviar!
Dezembro começou em força e com ele veio a contagem decrescente para mais um Natal e para um novo ano que se aproxima. a ver se é desta que começo o ano em grande e com boas notícias ♡
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
das gripes
eu, que sou adepta ferrenha do 'não fazer nenhum', estou quase a dar em doida por estar há dois dias de pijama, rodeada mantas e lenços e chás e griponais.
é que já nem me lembrava que o corpo podia doer de estar tanto tempo quieto.
é que já nem me lembrava que o corpo podia doer de estar tanto tempo quieto.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
das boleias
Eu sei que durante muito tempo eras só tu a olhares-me por entre os expositores e a vida a correr à minha frente e no nosso meio. E também sei que, durante muito muito tempo, foste só tu atrás de mim e eu a (não querer) fugir de ti, não a fugir, quer dizer, assim a modos que a fazer de conta que não te via para não ter realmente de fugir à descarada... e tu a não poderes ser mais evidente e a acabarmos os dois a sorrir entre relógios de ponto e boleias por aceitar.
Eu sei, acredita que sei, que a vida te tirou um tapete debaixo dos pés e quando deste conta eu estava lá em cima contigo, a ficar na mesma sem ter onde pôr os pés e a dizer-te que te dava algo que nunca me pediste, mas que me pareceu impossível não oferecer. Isto porque (e isto às vezes desconfio que tu não sabes) tu sempre me ofereceste tudo tudo tudo, sempre abriste todas as portas à minha passagem, todas as janelas para o sol entrar, sempre me tapaste quando ficou frio, me abraçaste quando tive medo, me beijaste os olhos por entre as lágrimas.
O problema foi termo-nos esquecido de que o tempo não pára por entre toda a magia que nos envolve, porque não há feitiço nenhum que combata o tempo. E ele passou tão rápido que nós fomos à boleia dos sonhos sem perceber que havia uma grande parte de realidade por resolver.
Mas acredita que eu sei que durante muito tempo eras só tu a querer-me, ao longe, devagarinho, e que assusta termos finalmente algo que sempre quisemos. Mais ainda assusta apercebermo-nos de que perder esse algo, que o tempo fez questão de construir tão depressa e tão sólido, tão intenso e verdadeiro, é como tirarem-nos novamente o tapete debaixo dos pés... e desta vez não termos ninguém lá connosco, na tijoleira gelada.
Eu nunca aceitei uma boleia tua porque me faltavam certezas. Hoje, sei que não há outro carro onde queira viajar senão naquele que tu conduzas, os dois deficientes a ouvir a tua playlist esquizofrénica, a tua mão na minha perna, o meu nariz no teu nariz.
Os teus sonhos, os meus sonhos, os nossos sonhos.
Eu sei, acredita que sei, que a vida te tirou um tapete debaixo dos pés e quando deste conta eu estava lá em cima contigo, a ficar na mesma sem ter onde pôr os pés e a dizer-te que te dava algo que nunca me pediste, mas que me pareceu impossível não oferecer. Isto porque (e isto às vezes desconfio que tu não sabes) tu sempre me ofereceste tudo tudo tudo, sempre abriste todas as portas à minha passagem, todas as janelas para o sol entrar, sempre me tapaste quando ficou frio, me abraçaste quando tive medo, me beijaste os olhos por entre as lágrimas.
O problema foi termo-nos esquecido de que o tempo não pára por entre toda a magia que nos envolve, porque não há feitiço nenhum que combata o tempo. E ele passou tão rápido que nós fomos à boleia dos sonhos sem perceber que havia uma grande parte de realidade por resolver.
Mas acredita que eu sei que durante muito tempo eras só tu a querer-me, ao longe, devagarinho, e que assusta termos finalmente algo que sempre quisemos. Mais ainda assusta apercebermo-nos de que perder esse algo, que o tempo fez questão de construir tão depressa e tão sólido, tão intenso e verdadeiro, é como tirarem-nos novamente o tapete debaixo dos pés... e desta vez não termos ninguém lá connosco, na tijoleira gelada.
Eu nunca aceitei uma boleia tua porque me faltavam certezas. Hoje, sei que não há outro carro onde queira viajar senão naquele que tu conduzas, os dois deficientes a ouvir a tua playlist esquizofrénica, a tua mão na minha perna, o meu nariz no teu nariz.
Os teus sonhos, os meus sonhos, os nossos sonhos.
sábado, 15 de novembro de 2014
das conversas profundas no chat do facebook
mas por outro lado..ele dá.me atençao e tal
mas...nao quero confundir gostar de atençao com outras coisas
pq a minha cadela tb gosta de atenção. e de bolachas . :|
e é por isso que, na falta de melhor e sem medo da solidão,
há sempre as mulheres que são o próprio testo da sua panela.
e mai'nada.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
do país das maravilhas
Há alturas em que protegemos demasiado uma coisa por não a querermos danificar, como quando somos crianças e não emprestamos a nossa Barbie preferida com medo que outra miúda a possa deixar toda descabelada.
Proteger algo não é de todo mau, se for feito com a melhor das intenções; o problema da protecção é que às vezes implica que se abdique de algo, em prol do que tentamos a todo o custo proteger. Como se a vida não acontecesse em pleno se não arriscarmos. Como se, a par da protecção, viesse o medo e consequentemente uma lista infindável de coisas que não fizemos por culpa dele.
Não querendo permitir assaltos, tenho muito medo. E mais medo ainda do que esse medo me possa roubar.
Não temo o que possa vir a doer, porque aprendi que não existem garantias nem estamos imunes e que ao virar da esquina podemos encontrar a pior das surpresas... Temo sim o que possa vir a perder.
Quando conhecemos o outro lado do espelho, quando entramos no País das Maravilhas, percebemos o quão aborrecido o mundo era antes de todo aquele brilho que desconhecíamos, qual música do Elton John, 'how wonderful life is now you're in the world'.
É por isso que o medo me faz querer proteger a todo o custo este país que descobri recentemente. Onde a coisa mais banal nos faz ganhar o dia. Onde nunca se adormece de pés frios. Ou chateado. Onde a ponta do meu nariz se transforma numa desculpa para ganhar um beijo. Onde cozinham para nós e juram a pés juntos que até somos boas cozinheiras. Onde há espaço para música de gangster e bom jazz, favaios em tascas ou um bom copo de vinho. Onde há gargalhadas e, tão bom, conversas. Onde não posso ter os meus cinco segundos de amuo sem ter um par de olhos-oceano a resmungar comigo. Onde uma dança na sala de estar se transforma numa das nossas melhores memórias. Onde sermos nós mesmos é requisito obrigatório e há sempre um sofá para descansar a alma. Onde acordamos com um sorriso, depois de ter adormecido a sorrir... para percebemos o quão difícil é voltar a dormir na nossa cama. Onde há planos em tom de brincadeira que nos fazem decidir emigrar de vez.
Há alturas em que protegemos demasiado uma coisa por não a querermos danificar, também para aprendermos, ao longo do caminho, que a vida tem de ser vivida apesar de todo o mal eminente que nela existe.
Pela primeira vez desde que me conheço como gente estou a proteger o meu país em vez de me proteger a mim mesma e juro que me sinto um soldado que se alistou para a guerra, de coração em riste. Será isto, afinal, o amor?
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
de quando até o Continente goza com a nossa cara
aquele momento em que andamos a ver brinquedos para comprar para os nossos sobrinhos pequenos e, por entre as Barbies e os Little Pet Shops deste mundo, damos de caras com réplicas em miniatura de todo o tipo de Mini's... e do BMW i8.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
das constatações #26
Fiz uma limpeza à minha caixa de e-mail e descobri que tenho guardados, desde a sua data de criação em 2007, cerca de 500 e-mails.
Por entre partilhas de músicas, fotos, cartas, horários de emprego e de faculdade (planos de rotatividade, GOD!!!), notícias e e-mails de informações importantes, consegui ver a minha vida resumida em 14 páginas de emails guardados nos últimos sete anos.
Assustador como a informática nos relembra a nossa pequenez.
E como ver certas coisas escritas nos relembra de que há coisas que, anos mais tarde, se vão tornar apenas isso: coisas escritas.
Por entre partilhas de músicas, fotos, cartas, horários de emprego e de faculdade (planos de rotatividade, GOD!!!), notícias e e-mails de informações importantes, consegui ver a minha vida resumida em 14 páginas de emails guardados nos últimos sete anos.
Assustador como a informática nos relembra a nossa pequenez.
E como ver certas coisas escritas nos relembra de que há coisas que, anos mais tarde, se vão tornar apenas isso: coisas escritas.
#18AnosOutraVez
#insónias
#oOutroBemDiziaQueOtempoApagaTudo
da mulher mais sortuda do mundo
Há momentos em que me fazes sentir a mulher mais sortuda do mundo.
Como quando, por exemplo, me acordas com um sussurro e um beijo no cabelo, em jeito de lembrança de mais um dia que vai começar, lado-a-lado. Ou quando pousas ao de leve a mão na minha perna numa viagem de carro e fico a ver-te conduzir, sorrateira, com a certeza de me teres ali pra não me deixares fugir.
Nessas alturas não costumo dizer grande coisa. Talvez porque a vida me tenha ensinado a ver estes momentos como algo muito raro - como um daqueles eclipses que ocorrem a cada 50 anos e que são uma sorte de se presenciar - não consigo ter qualquer tipo de reacção quando me apercebo da sua existência. Principalmente porque ao longo do dia há mil e uma acções que executamos sem lhes prestar a mínima atenção... e só quando prestamos, quando estamos disponíveis e atentos, é que vemos a magia que nos envolve a cada segundo de estar vivos.
Por saber da magia que somos capazes é que trago agora o peito vazio e o rosto repleto de lágrimas.
Acredito fielmente que os seres humanos são capazes de se sentir mais sozinhos quando estão acompanhados do que quando estão literalmente sozinhos, se estar acompanhados significar apenas isso mesmo, e não uma coexistência em pleno.
E é tão sozinha que me sinto neste momento que fico sem ar e com raiva de pensar como fui capaz de permitir que o meu caminho me trouxesse novamente a este precipício.
Não preciso de ser salva, preciso somente de me aperceber mais e mais dessa magia que é ser a mulher mais sortuda do mundo, a tua.
Ou talvez - e isso é uma certeza que sempre me acompanhou, mas que escolhi pôr em pause por acreditar que um amor assim não nos visita muitas vezes - talvez a mulher mais sortuda do mundo seja, de facto, a minha.
Como quando, por exemplo, me acordas com um sussurro e um beijo no cabelo, em jeito de lembrança de mais um dia que vai começar, lado-a-lado. Ou quando pousas ao de leve a mão na minha perna numa viagem de carro e fico a ver-te conduzir, sorrateira, com a certeza de me teres ali pra não me deixares fugir.
Nessas alturas não costumo dizer grande coisa. Talvez porque a vida me tenha ensinado a ver estes momentos como algo muito raro - como um daqueles eclipses que ocorrem a cada 50 anos e que são uma sorte de se presenciar - não consigo ter qualquer tipo de reacção quando me apercebo da sua existência. Principalmente porque ao longo do dia há mil e uma acções que executamos sem lhes prestar a mínima atenção... e só quando prestamos, quando estamos disponíveis e atentos, é que vemos a magia que nos envolve a cada segundo de estar vivos.
Por saber da magia que somos capazes é que trago agora o peito vazio e o rosto repleto de lágrimas.
Acredito fielmente que os seres humanos são capazes de se sentir mais sozinhos quando estão acompanhados do que quando estão literalmente sozinhos, se estar acompanhados significar apenas isso mesmo, e não uma coexistência em pleno.
E é tão sozinha que me sinto neste momento que fico sem ar e com raiva de pensar como fui capaz de permitir que o meu caminho me trouxesse novamente a este precipício.
Não preciso de ser salva, preciso somente de me aperceber mais e mais dessa magia que é ser a mulher mais sortuda do mundo, a tua.
Ou talvez - e isso é uma certeza que sempre me acompanhou, mas que escolhi pôr em pause por acreditar que um amor assim não nos visita muitas vezes - talvez a mulher mais sortuda do mundo seja, de facto, a minha.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
de quando a blogosfera nos faz rir. muito.
Tenho uma profunda admiração
…por pessoas que abrem um pacote de bolachas e comem apenas uma ou outra. Pessoas que, não sendo crianças e não tendo uma mãe por perto, abrem um chocolate e comem apenas um quadrado. Pessoas que, tendo fome, bebem um chá e comem uma tosta “para enganar”. Pior… pessoas que fazem isso quando o frigorífico tem um queijo da serra. Pessoas que vão ao supermercado comprar coisas boas para ter em casa e, estranhamente, não fazem o caminho de regresso a sonhar com o momento em que vão entrar em casa e comer tudo de uma vez.
Admiro essas pessoas. A sério.
Era capaz de comê-las.
Era capaz de comê-las.
domingo, 2 de novembro de 2014
dos abraços
Ontem abracei um grande amigo e ficamos os dois mergulhados no sentimento de perda e no vazio, embebidos pela certeza de que ambos merecíamos sorte melhor.
Custa reconhecer, perante nós próprios e toda a gente, que falhamos. De novo.
Que nunca dá certo. Que nunca é a hora.
Ontem abracei um grande amigo e percebi que a solidão é de facto relativa - ficamos os dois, no meio de centenas de pessoas, sozinhos, a dar um ao outro a força que não possuíamos nem para nós mesmos.
E sorri ao reconhecer que vai ficar tudo bem.
Agora só resta continuar a sorrir.
Custa reconhecer, perante nós próprios e toda a gente, que falhamos. De novo.
Que nunca dá certo. Que nunca é a hora.
Ontem abracei um grande amigo e percebi que a solidão é de facto relativa - ficamos os dois, no meio de centenas de pessoas, sozinhos, a dar um ao outro a força que não possuíamos nem para nós mesmos.
E sorri ao reconhecer que vai ficar tudo bem.
Agora só resta continuar a sorrir.
sábado, 1 de novembro de 2014
do estar cansada de estar cansada
Estou cansada. Não só fisicamente (isto de acordar com sono e dores de costas mata qualquer uma) mas também psicologicamente. Farta de me arrastar pelos dias sem força de vontade. Farta da forma como olham para mim a maioria do tempo. Farta de olhar para mim e não gostar do que vejo a maioria do tempo. Farta de me sentir sozinha a maioria do tempo. Farta de explodir nas alturas erradas e com as pessoas erradas. E depois me sentir ainda mais sozinha.
Podemos avançar isto até à parte da felicidade, faxabor?
Podemos avançar isto até à parte da felicidade, faxabor?
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
de sintra (e do estoril e de cascais e de lisboa)
diz que voltei de férias.
e diz que a vida é bem pior quando temos compromissos e horas marcadas, porque temos onde estar e quem nos espere - mas a parte boa, é termos quem nos espere.
Bom Fim de Semana!
e diz que a vida é bem pior quando temos compromissos e horas marcadas, porque temos onde estar e quem nos espere - mas a parte boa, é termos quem nos espere.
Bom Fim de Semana!
domingo, 19 de outubro de 2014
das (ultimas) férias (do ano)
entrar no comboio.
ver isto pela primeira vez.
adormecer na capital.
entrar no carro.
fazer check in num pequeno paraíso.
respirar novos ares.
esquecer o mundo-mau.
fazer um reset.
esquematizar objectivos.
ponderar decisões.
organizar prioridades...
ser uma prioridade.
até pra semana.
ver isto pela primeira vez.
adormecer na capital.
entrar no carro.
fazer check in num pequeno paraíso.
respirar novos ares.
esquecer o mundo-mau.
fazer um reset.
esquematizar objectivos.
ponderar decisões.
organizar prioridades...
ser uma prioridade.
até pra semana.
dos tipos de mulheres
Todas nós, mulheres, em alguma altura da nossa vida, demos por nós a usar a expressão 'não sou desse tipo de mulheres', como se excluirmo-nos de uma categoria (e consequentemente incluirmo-nos noutra) pudesse de facto categorizar-nos em algo superior do que realmente os outros acham que somos.
Pois bem, minhas queridas, não pode. Muitas vezes dei por mim a dizer que não compreendo o tipo de mulheres que faz isto ou aquilo, como se ter um 'like' numa página de fãs da casa dos segredos ou partilhar citações infelizes- daquelas que afirmam ser da autoria de Fernando Pessoa e que depois de alguma pesquisa percebemos que a internet é uma sacana e afinal foi a mãe do CR7 que a proferiu numa qualquer entrevista para Lux - nos pudessem definir a 100%.
Todos temos telhados de vidro, esqueletos no armário, poeira varrida para debaixo do tapete.
Há sempre uma parte de nós que nunca confessamos a ninguém e uma outra parte da qual fazemos propaganda, qual expressão que mais utilizamos para posar para uma fotografia, como se fosse esse o nosso melhor.
Se de facto puder incluir-me nalgum tipo de mulher neste momento, sou do tipo que foi à Disneyland com 22 anos e chorou ao ver o Mickey, que sabe as músicas da Disney todas de cor e que ainda vai ao cinema ver os filmes e tem carteiras estampadas com a Sininho.
Sou do tipo de mulheres que prefere um bom bolo de chocolate a um iogurte com linhaça, mas que reconhece que a segunda opção é que deveria ser remetida para mulheres de porte generoso como moi même, pelo que de vez em quando a tenho em consideração.
Sou do tipo de mulheres que prefere ter os pés aquecidos a dormir com meias, mas que de igual modo ainda dorme numa cama de solteiro e gosta muito de ver todos os seus tarecos no seu devido lugar, sem trapalhices masculinas pelos cantos.
Sou do tipo de mulheres que fica contente com o sucesso dos outros sem sentir inveja, porque sou espicaçada pela felicidade alheia como combustível para a minha própria felicidade, ou pelo menos assim tento.
Sou do tipo de mulheres com muitos inimigos, e com tão poucos amigos que os conheço a todos de cor e ainda me deixo surpreender por cada um a cada dia - e essa é a minha verdadeira vitória.
Sou do tipo de mulheres que adora viajar e planear cada detalhe, ouvir música enquanto caminho pelas ruas, dormir 12horas ou ficar enroscada em mantas a ver um filme com o portátil no colo, cozinhar sobremesas calóricas e plantar sorrisos quando ofereço presentes.
Sou do tipo de mulheres teimosas que não sabe o que quer, que encontra sempre defeitos ou partes que mudaria, mas que é tão fácil de convencer e de se deixar render a uma nova ideia (se me souberem apelar ao coração).
No fundo, gasto 80€ num bilhete para Michael Bublé e provavelmente encontrar-me iam a torcer o nariz se falassemos em gastar o mesmo valor num par de sapatos: sou do tipo de mulheres que vive pela experiência, que põe os sentimentos sempre em primeiro lugar (sejam bons, sejam maus) e que não consegue compreender meios termos, coisas mornas, comida sem sal.
Sou do tipo de mulher que ou se ama ou se odeia - como dizem os que me conhecem bem, às vezes sou Mary, outras Mariana Silva. E só quem consegue conviver com ambos os lados (ainda que eu própria prefira a Mary também), pode de facto perceber o porquê de ser muito díficil excluir-me ou incluir-me em qualquer categoria que seja - afinal, todos os dias acordo a desejar ser outro tipo de mulher. E é isso que nos faz, enquanto seres humanos, continuar a respirar e seguir em frente.
Pois bem, minhas queridas, não pode. Muitas vezes dei por mim a dizer que não compreendo o tipo de mulheres que faz isto ou aquilo, como se ter um 'like' numa página de fãs da casa dos segredos ou partilhar citações infelizes- daquelas que afirmam ser da autoria de Fernando Pessoa e que depois de alguma pesquisa percebemos que a internet é uma sacana e afinal foi a mãe do CR7 que a proferiu numa qualquer entrevista para Lux - nos pudessem definir a 100%.
Todos temos telhados de vidro, esqueletos no armário, poeira varrida para debaixo do tapete.
Há sempre uma parte de nós que nunca confessamos a ninguém e uma outra parte da qual fazemos propaganda, qual expressão que mais utilizamos para posar para uma fotografia, como se fosse esse o nosso melhor.
Se de facto puder incluir-me nalgum tipo de mulher neste momento, sou do tipo que foi à Disneyland com 22 anos e chorou ao ver o Mickey, que sabe as músicas da Disney todas de cor e que ainda vai ao cinema ver os filmes e tem carteiras estampadas com a Sininho.
Sou do tipo de mulheres que prefere um bom bolo de chocolate a um iogurte com linhaça, mas que reconhece que a segunda opção é que deveria ser remetida para mulheres de porte generoso como moi même, pelo que de vez em quando a tenho em consideração.
Sou do tipo de mulheres que prefere ter os pés aquecidos a dormir com meias, mas que de igual modo ainda dorme numa cama de solteiro e gosta muito de ver todos os seus tarecos no seu devido lugar, sem trapalhices masculinas pelos cantos.
Sou do tipo de mulheres que fica contente com o sucesso dos outros sem sentir inveja, porque sou espicaçada pela felicidade alheia como combustível para a minha própria felicidade, ou pelo menos assim tento.
Sou do tipo de mulheres com muitos inimigos, e com tão poucos amigos que os conheço a todos de cor e ainda me deixo surpreender por cada um a cada dia - e essa é a minha verdadeira vitória.
Sou do tipo de mulheres que adora viajar e planear cada detalhe, ouvir música enquanto caminho pelas ruas, dormir 12horas ou ficar enroscada em mantas a ver um filme com o portátil no colo, cozinhar sobremesas calóricas e plantar sorrisos quando ofereço presentes.
Sou do tipo de mulheres teimosas que não sabe o que quer, que encontra sempre defeitos ou partes que mudaria, mas que é tão fácil de convencer e de se deixar render a uma nova ideia (se me souberem apelar ao coração).
No fundo, gasto 80€ num bilhete para Michael Bublé e provavelmente encontrar-me iam a torcer o nariz se falassemos em gastar o mesmo valor num par de sapatos: sou do tipo de mulheres que vive pela experiência, que põe os sentimentos sempre em primeiro lugar (sejam bons, sejam maus) e que não consegue compreender meios termos, coisas mornas, comida sem sal.
Sou do tipo de mulher que ou se ama ou se odeia - como dizem os que me conhecem bem, às vezes sou Mary, outras Mariana Silva. E só quem consegue conviver com ambos os lados (ainda que eu própria prefira a Mary também), pode de facto perceber o porquê de ser muito díficil excluir-me ou incluir-me em qualquer categoria que seja - afinal, todos os dias acordo a desejar ser outro tipo de mulher. E é isso que nos faz, enquanto seres humanos, continuar a respirar e seguir em frente.
sábado, 11 de outubro de 2014
da pior pessoa do mundo a quem dar presentes
é ele.
mas no fundo eu percebo, enquanto baixa a cabeça com um sorriso de quem está tão sem jeito que não sabe ser entusiasta, que ficou feliz com uma coisa tão simples.
e é o que importa.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
dos ossos do ofício
aquele momento em que entramos no wc do centro comercial, vazio.
minutos depois, alguém entra no cubículo adjacente.
ao telemóvel, conta peripécias da noite anterior, enquanto faz um xixi básico e larga um puzinho ou outro. nós continuamos caladas, e começamos a ficar atentas depois de ouvir o verbo «pagar».
acontece que as prostitutas afinal também têm sentimentos. e um cliente que dá bombons e paga 50€ por 20minutos de conversa e beijinhos, é coisa para uma pessoa se apaixonar.
ou para ficar completamente «fodida por ele» - o que eu interpretei como sinónimo de «apaixonada» em putês.
saí de fininho antes que se apercebessem que estava alguém a ouvir aquilo tudo.
é que além de ter sentimentos, aposto que também não devem ter pudor em partir a boca a uma gaja.
dasse.
minutos depois, alguém entra no cubículo adjacente.
ao telemóvel, conta peripécias da noite anterior, enquanto faz um xixi básico e larga um puzinho ou outro. nós continuamos caladas, e começamos a ficar atentas depois de ouvir o verbo «pagar».
acontece que as prostitutas afinal também têm sentimentos. e um cliente que dá bombons e paga 50€ por 20minutos de conversa e beijinhos, é coisa para uma pessoa se apaixonar.
ou para ficar completamente «fodida por ele» - o que eu interpretei como sinónimo de «apaixonada» em putês.
saí de fininho antes que se apercebessem que estava alguém a ouvir aquilo tudo.
é que além de ter sentimentos, aposto que também não devem ter pudor em partir a boca a uma gaja.
dasse.
sábado, 4 de outubro de 2014
terça-feira, 30 de setembro de 2014
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
dos sítios improváveis para o amor
o banco de um carro. um sítio para sentar na relva.
o hardrock. um taxi. a cadeira de um bar refundido.
o chiado, uma sala onde dançar. o cinema. o queimódromo.
um quarto com luz verde. um autocarro. um chuveiro. um elevador.
um casamento. um sofá. um concerto.
um castelo. uma piscina. a avenida da liberdade. um café. a baixa. as dunas.
uma loja. a mala de um carro.
e tantos mais outros sítios onde me apercebi.
independentemente,
para sempre.
o hardrock. um taxi. a cadeira de um bar refundido.
o chiado, uma sala onde dançar. o cinema. o queimódromo.
um quarto com luz verde. um autocarro. um chuveiro. um elevador.
um casamento. um sofá. um concerto.
um castelo. uma piscina. a avenida da liberdade. um café. a baixa. as dunas.
uma loja. a mala de um carro.
e tantos mais outros sítios onde me apercebi.
independentemente,
para sempre.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
terça-feira, 23 de setembro de 2014
do factor x
I know you don't mean to be mean to me
'Cause when you want to
You can make me feel like we belong
We belong
Lately you make me feel all I am is a backup plan
I'll say I'm done and then you smile at me
And I'll forget everything I said
...
You say you'll call
but I know you won't,
you won't.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
domingo, 21 de setembro de 2014
sábado, 20 de setembro de 2014
do botão 'repeat'
so tell me when you're gonna let me in?
I'm getting tired and I need somewhere to begin
#throwbackfriday
#triptospain
#triptospain
#whenitwasallsosimple
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
do voltar a escrever
e de repente
as respostas são perguntas
as dúvidas, certezas
e em todas as horas
toques, respiração
o teu peito, a minha mão
'foste o melhor que me aconteceu'
é o mesmo que fazer amor
que não se faz, faz-nos
existe
- se amar é precisamente não ter chão
onde por os pés
mas ainda assim jamais caminhar sozinho
e de repente?
ficamos sem ter o que querer
e sem ter nada querido
e em todas as horas
lágrimas, adeus
perder-me nos olhos teus
'tu sabes o que eu sinto'
e não saber sabendo
é preservar a imensidão de loucura
- se a viagem mais difícil é a que fazemos
sem mapa
ao fundo de nós.
'estou aqui.'
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
do Cesariny
''Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco''
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco''
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
das constatações #24
and when I'm down you breathe life over me
even though we're miles apart we are each other's destiny
even though we're miles apart we are each other's destiny
hoje percebi a sensibilidade que temos de ter quando pomos o pé no acelerador
e o porquê de ter de abrandar, neste momento.
percebi também que para o carro não ir abaixo, há que manter o pé na embraiagem.
lições tão simples, não é?
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
do lembrar
da primeira vez que falamos mais do que dez minutos. da primeira vez que me deitei no teu colo, meio a medo, como se o início da intimidade fosse o fim da segurança. de cozinhares para mim. de ''do you talk the talk, but do you walk the walk?'' de dançar contigo em silêncio uma música só nossa. do teu sofá. do timberlake. do teu cheiro. do teu toque. da padaria portuguesa. da forma como além de olhar, me consegues ver. das horas a conversar, sobre nada e sobre tudo, madrugada dentro. dos filmes. da beyoncé. dos 300km. de pousar a carteira no chão, para pousares a mão na minha perna. dos olhares. do sinatra. da posição para adormecer. de me enervares quando me pedes para ter calma. de hollywood. de lisboa. das francesinhas. do sushi. de nunca ter conhecido ninguém igual a ti. do minho. do rio. da velocidade. de dizeres que sou tão mais bonita ao acordar. de me mentires, assim, a gostar de mim.
e de saber, por muito tempo que passe, que me vou lembrar sempre disto, e de tanto mais que és, que somos.
e de saber, por muito tempo que passe, que me vou lembrar sempre disto, e de tanto mais que és, que somos.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
das exclusões
''ninguém gosta de ser excluído de nada''.
esta frase, dita ontem por um amigo numa circunstância de saídas de grupo e afins, ficou hoje a passear na minha cabeça o dia todo. de facto é isso mesmo: a exclusão faz-nos sentir insuficientes, não-merecedores, incapazes. faz-nos sentir que, se não nos querem por perto, a culpa é nossa.
só que, tal e qual como na situação de ontem, temos de perceber que às vezes não é: às vezes a culpa é simplesmente de as pessoas estarem presas por um cordão umbilical fictício, a um passado que já não é real, ou a uma ideia presente que nunca foi a verdadeira.
às vezes a culpa não é nossa mas simplesmente das circunstâncias que se alteram, de um horário incompatível, de gostos que passaram a diferir, de uma sms dar demasiado trabalho a escrever depois do dia de merda que passou.
o importante é sabermos distinguir a diferença: porque quando, até mesmo noutras circunstâncias, estamos a ser de facto excluídos porque não somos suficientes, é altura de percebermos se podemos fazer algo para mudar ou, caso a culpa continue a não ser nossa...talvez a situação tenha deixado de merecer o nosso tempo.
esta frase, dita ontem por um amigo numa circunstância de saídas de grupo e afins, ficou hoje a passear na minha cabeça o dia todo. de facto é isso mesmo: a exclusão faz-nos sentir insuficientes, não-merecedores, incapazes. faz-nos sentir que, se não nos querem por perto, a culpa é nossa.
só que, tal e qual como na situação de ontem, temos de perceber que às vezes não é: às vezes a culpa é simplesmente de as pessoas estarem presas por um cordão umbilical fictício, a um passado que já não é real, ou a uma ideia presente que nunca foi a verdadeira.
às vezes a culpa não é nossa mas simplesmente das circunstâncias que se alteram, de um horário incompatível, de gostos que passaram a diferir, de uma sms dar demasiado trabalho a escrever depois do dia de merda que passou.
o importante é sabermos distinguir a diferença: porque quando, até mesmo noutras circunstâncias, estamos a ser de facto excluídos porque não somos suficientes, é altura de percebermos se podemos fazer algo para mudar ou, caso a culpa continue a não ser nossa...talvez a situação tenha deixado de merecer o nosso tempo.
sábado, 30 de agosto de 2014
dos desejos tornados realidade
diz que estou de fim de semana... e que ele veio acompanhado de boas notícias.
parabéns, hon.
tu mereces. ♡
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
de volta ao trabalho
todos os anos é a mesma coisa: nunca aprendo a regressar ao trabalho depois de 15 dias de férias.
há coisas que, independentemente do tempo que passe, nunca se aprendem.
But every once in a while
I think our bodies can smile
...
And I'll see you when you get there
But I'm going on
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
de lisboa
uma semana de férias
passar tempo com os progenitores
matar saudades da melhor amiga
300km de distância - uma surpresa
e um regresso mais feliz.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
das constatações #23
You're wrong about us being on different paths.
We're not on different paths, you're my path and you're always gonna be my path.
And I know there's a million reasons why we shouldn't be together, I know that.
But I'm tired of them, I'm tired of every single one of them.
You know I gotta make a choice... and I choose you.
Peter Parker to Gwen Stacy
The Amazing SpiderMan 2
We're not on different paths, you're my path and you're always gonna be my path.
And I know there's a million reasons why we shouldn't be together, I know that.
But I'm tired of them, I'm tired of every single one of them.
You know I gotta make a choice... and I choose you.
Peter Parker to Gwen Stacy
The Amazing SpiderMan 2
quinta-feira, 24 de julho de 2014
do tempo #19
Vieste do fim do mundo
num barco vagabundo
Vieste como quem
tinha que vir para contar
histórias e verdades
vontades e carinhos
promessas e mentiras de quem
de porto em porto amar se faz
Vieste de repente
de olhar tão meigo e quente
bebeste a celebrar
a volta tua
tomaste'me em teus braços
em marinheiros laços
tocaste no meu corpo uma canção
que em vil magia me fez tua
Subiste para o quarto
de andar tão mole e farto
de beijos e de rum
a noite ardeu
cobri-me em tatuagens
dissolvi-me em viagens
com pólvora e perdões tomaste
o meu navio... que agora é teu.
sábado, 19 de julho de 2014
dos twenty something
ainda não sei o que vos dizer acerca dos 24.
para já parece-me tudo normal, dou notícias quando a ressaca passar.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
dos 24 (motivos para o dia de hoje ser um dia igual aos outros, só que melhor)
passei a meia noite rodeada por duas pessoas que amo.
ele foi a primeira pessoa a dar-me os parabéns, apesar de longe.
não choveu (ainda).
o senhor do tasco ofereceu-me um shot por ser aniversariante.
aguentei (só) dois shots de tequilla.
recebi uma chamada directamente do estrangeiro.
enfardei um cupcake de oreo.
e mais duas bolas de gelado.
deitei-me com a cabeça a andar à roda.
recebi mensagens e muito mimo via telemóvel.
escreveram-me um postal.
ouvi e dancei boa música.
acordei com uma chamada de parabéns.
sorri por me aperceber (vezes sem conta) que tenho os melhores pais do mundo.
terminei de preparar a festa de aniversário.
li fernando pessoa.
ouvi a minha banda favorita.
fiquei sozinha em casa e tive uma conversa séria com as minhas rugas.
pintei as unhas.
pensei e pensei e pensei.
e não cheguei a grandes conclusões.
interrompi uma lua de mel e interromperam-me o sono.
acabei de receber uma mensagem dele.
tenho um sorriso na cara.
ele foi a primeira pessoa a dar-me os parabéns, apesar de longe.
não choveu (ainda).
o senhor do tasco ofereceu-me um shot por ser aniversariante.
aguentei (só) dois shots de tequilla.
recebi uma chamada directamente do estrangeiro.
enfardei um cupcake de oreo.
e mais duas bolas de gelado.
deitei-me com a cabeça a andar à roda.
recebi mensagens e muito mimo via telemóvel.
escreveram-me um postal.
ouvi e dancei boa música.
acordei com uma chamada de parabéns.
sorri por me aperceber (vezes sem conta) que tenho os melhores pais do mundo.
terminei de preparar a festa de aniversário.
li fernando pessoa.
ouvi a minha banda favorita.
fiquei sozinha em casa e tive uma conversa séria com as minhas rugas.
pintei as unhas.
pensei e pensei e pensei.
e não cheguei a grandes conclusões.
interrompi uma lua de mel e interromperam-me o sono.
acabei de receber uma mensagem dele.
tenho um sorriso na cara.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
segunda-feira, 14 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
das férias
Perder algo de que gostamos custa, pelo simples facto de que gostar é tão precioso quanto um diamante refundido na África faminta. Isto porque também todos nós andamos famintos de tanta coisa, que por vezes não sabemos sequer de que se trata.
Tenho perdido demasiadas coisas, ou por outro lado, demasiadas coisas se têm transformado na minha vida mas a vida, essa, continua na mesma.
E essa merda do não saber o que se precisa para ser feliz e temer sempre não ser suficiente e não nos sentirmos capazes de mudar o que está mal e olharmos em volta e vermos todas as vidas a avançar e a nossa estagnada e sabermos que não podemos - mas não conseguimos evitar - descarregar em quem mais gostamos e... puf.
E depois o cliché de pensar que se é assim tão fácil perder, será que algum dia existiu? E esta merda de não fazer sentido com as palavras e não conseguir dizer o que se sente e enrolar tudo na língua e cuspir feito cascavel e criar minhocas na cabeça de quem já tem minhocas que chegue e não conseguir desdizer o que se disse e serem três da manhã e os olhos inchados e a merda do mundo lá fora que não pára de existir para me dar sossego.
Eu só queria aquele sítio mágico agora, o meu sítio preferido no mundo, que temo que passe a existir só na minha memória, por culpa do timing, esse filho da puta, culpa do medo, culpa de tudo acontecer ao mesmo tempo e eu a sentir-me tão pequena, tão insuficiente, e o amanhã que não chega a ver se o sol brilha mais um pouco, e o domingo que não chega para eu ver a felicidade deles, para acreditar mais um pouco que estes olhos inchados serão de felicidade daqui a 3 dias e que a minha vida pode mudar também.
Tenho perdido demasiadas coisas, ou por outro lado, demasiadas coisas se têm transformado na minha vida mas a vida, essa, continua na mesma.
E essa merda do não saber o que se precisa para ser feliz e temer sempre não ser suficiente e não nos sentirmos capazes de mudar o que está mal e olharmos em volta e vermos todas as vidas a avançar e a nossa estagnada e sabermos que não podemos - mas não conseguimos evitar - descarregar em quem mais gostamos e... puf.
E depois o cliché de pensar que se é assim tão fácil perder, será que algum dia existiu? E esta merda de não fazer sentido com as palavras e não conseguir dizer o que se sente e enrolar tudo na língua e cuspir feito cascavel e criar minhocas na cabeça de quem já tem minhocas que chegue e não conseguir desdizer o que se disse e serem três da manhã e os olhos inchados e a merda do mundo lá fora que não pára de existir para me dar sossego.
Eu só queria aquele sítio mágico agora, o meu sítio preferido no mundo, que temo que passe a existir só na minha memória, por culpa do timing, esse filho da puta, culpa do medo, culpa de tudo acontecer ao mesmo tempo e eu a sentir-me tão pequena, tão insuficiente, e o amanhã que não chega a ver se o sol brilha mais um pouco, e o domingo que não chega para eu ver a felicidade deles, para acreditar mais um pouco que estes olhos inchados serão de felicidade daqui a 3 dias e que a minha vida pode mudar também.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
do agora
há coisas na humanidade que nos continuam a surpreender, por muitos anos que passem.
no fundo é essa a beleza retorcida que nos mantém vivos - o não saber ou, por outro lado, saber que não controlamos apesar de julgarmos que sabemos.
esta incerteza, este medo constante é o que põe o sangue a fervilhar, o que nos faz tomar decisões por impulso, temendo não voltar a ter oportunidade. é o que nos faz dizer um ''sa foda'' , quando fazemos algo imprudente mas que nos sabe bem cumó caraças.
o que vier depois, logo se vê, logo se resolve... e é esse factor surpresa que, apesar de monstruosamente assustador, nos mantém vivos.
realmente vivos, não apenas a sobreviver.
aquele ''vivos'' de acordar de manhã com um sorriso no rosto porque babamos a almofada ao lado da pessoa de quem gostamos. aquele ''vivos'' de quem oferece um presente e vê alguém de quem gosta a sorrir para um simples pedaço de carinho. aquele ''vivos'' de quem apanha um comboio com destino a uma amizade que está longe. aquele ''vivos'' de quem ouve os sobrinhos a dizerem o abecedário e se interroga para onde foi o tempo.
dizia-me um cliente no outro dia a sorrir, após uma pergunta básica sobre se queria descontar os pontos que tinha acumulados no cartão fidelidade, que essa pergunta tem apenas a resposta óbvia ''sim''. e porquê? porque isto pode tudo acabar, ele pode morrer, a loja pode ir à falência, o universo pode implodir, e naquele preciso momento a única certeza que ele tinha era a de que estava a comprar aqueles livros e, se tinha um desconto, só tinha mais era que o aproveitar. sorriu, agradeceu, e foi embora com um saco cheio de livros - com a certeza de um desconto e a incerteza de os chegar a ler a todos... não fosse o universo implodir no caminho até casa.
no fundo é essa a beleza retorcida que nos mantém vivos - o não saber ou, por outro lado, saber que não controlamos apesar de julgarmos que sabemos.
esta incerteza, este medo constante é o que põe o sangue a fervilhar, o que nos faz tomar decisões por impulso, temendo não voltar a ter oportunidade. é o que nos faz dizer um ''sa foda'' , quando fazemos algo imprudente mas que nos sabe bem cumó caraças.
o que vier depois, logo se vê, logo se resolve... e é esse factor surpresa que, apesar de monstruosamente assustador, nos mantém vivos.
realmente vivos, não apenas a sobreviver.
aquele ''vivos'' de acordar de manhã com um sorriso no rosto porque babamos a almofada ao lado da pessoa de quem gostamos. aquele ''vivos'' de quem oferece um presente e vê alguém de quem gosta a sorrir para um simples pedaço de carinho. aquele ''vivos'' de quem apanha um comboio com destino a uma amizade que está longe. aquele ''vivos'' de quem ouve os sobrinhos a dizerem o abecedário e se interroga para onde foi o tempo.
dizia-me um cliente no outro dia a sorrir, após uma pergunta básica sobre se queria descontar os pontos que tinha acumulados no cartão fidelidade, que essa pergunta tem apenas a resposta óbvia ''sim''. e porquê? porque isto pode tudo acabar, ele pode morrer, a loja pode ir à falência, o universo pode implodir, e naquele preciso momento a única certeza que ele tinha era a de que estava a comprar aqueles livros e, se tinha um desconto, só tinha mais era que o aproveitar. sorriu, agradeceu, e foi embora com um saco cheio de livros - com a certeza de um desconto e a incerteza de os chegar a ler a todos... não fosse o universo implodir no caminho até casa.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
da sorte
é uma grande verdade e vem relembrar-nos do quão sortudos somos
por ainda conseguirmos sentir o que quer que seja
(afinal de contas, é o que me resta ao fim de cada dia:
um abraço, aquele abraço apertadinho, e um sorriso de quem não precisa sequer de dizer aquilo que sente.)
sexta-feira, 13 de junho de 2014
das cartas abertas com banda sonora
late mais alto
que daqui eu não te escuto
que daqui eu não te escuto
♪
para mais informações sobre a minha vida pessoal, por favor pergunte directamente.
escrutinar sobre a vida dos outros é muito feio, especialmente quando é com maldade e inveja e quando não temos porra nenhuma a ver com o assunto.
quando e se perguntar, ainda que não exista garantia de resposta, pode sempre acabar com um garfo espetado no meio dos olhos - as carteiras das mulheres andam repletas de objectos estranhos.
beijinho no ombro,
MissAtomicBomb
segunda-feira, 9 de junho de 2014
do tempo #18
As pessoas são naturalmente egoístas.
Ainda que se possam preocupar com os outros, é o seu umbigo que vem sempre em primeiro lugar - e, do alto dos meus 23 anos, já cheguei a uma fase de raciocínio em que não acho isso condenável mas sim compreensível.
No entanto, o limite para esse egoísmo saudável determina-se numa relação pelo poder que o amor que sentimos tem: até onde é que o bem estar de quem gostamos pode ser uma prioridade maior do que a nossa inércia, por exemplo?
Durante muito tempo estive habituada a não ser a prioridade de ninguém, a ser apenas a minha única prioridade, e gostava tanto disso que determinantemente afastava qualquer oportunidade que viesse aniquilar esse meu estado de solidão preenchida. Até que um dia dei por mim a gostar de alguém mais do que achava possível, e a ser posta de lado mais do que achava recomendável.
Esses (des)amores, essas formas de gostar que no fundo são coisa nenhuma, são a bandeira dos eternos egoístas que há muito abandonaram o egoísmo saudável para abraçarem um narcisismo repleto de incertezas e medos e fantasmas e monstros. E eu, que nunca tive medo de lutar de espada em riste, fui a minha própria heroína quando decidi não mais me contentar com essa forma de amor às migalhas.
As pessoas são naturalmente egoístas - e foi precisamente por isso que dediquei um ano a mim mesma, sem buscas, sem desesperos, focada apenas em recuperar a parte de mim que me tinha sido roubada. Agora que conheço uma forma de amor em que me sinto A prioridade, confesso que não sei sequer lidar com pequenas demonstrações de carinho, teoricamente tão simples que me deixam enternecida e a pensar onde esteve ele (onde estivemos nós?!) este tempo todo.
O que me vale é encontrar um oceano de certezas no fundo daqueles olhos - e por muito imprevisível que seja o futuro, o presente ninguém me tira.
Bring it on.
sábado, 7 de junho de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
domingo, 18 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
das constatações #21
de como dormir apenas 3horas costumava deixar-me rezingona
e passou a deixar-me com um sorriso parbo o dia todo
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