sexta-feira, 31 de julho de 2015

das constatações #27


há coisas tão previsíveis, mas tão previsíveis, que quando se concretizam só da vontade de rir.
foi o que eu fiz hoje. 


finalmente!

quarta-feira, 29 de julho de 2015

do tempo #38


há uma aplicação muito engraçada (ou por outras palavras, parva e que serve o seu propósito para quem, como eu, não tem mais o que fazer) que nos permite ver o que publicamos ou partilhamos no facebook neste mesmo dia em anos anteriores.
entre textos de um outro blog que mantinha em 2011 e uma música da jessie j que partilhei em 2013, em 2010 foi esta a música que partilhei no meu mural.

I wanna try it
I think I'm already trying
I'm already trying...


é que já nem eu me lembrava que conhecia isto.
mãe do céu balei-me que a idade está mesmo a apanhar-me.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

das donas do tempo

''As mulheres não precisam de rótulos, precisam de orientação. Não precisam de ser chamadas disto ou daquilo, desde que saibam que papel representam. Não, as mulheres não precisam de conhecer os vizinhos nem o piriquito para se sentirem integradas na vida de um homem.
As mulheres precisam, tão simples quanto isso, de sentir um mínimo de segurança e de saber que ele vai estar lá na manhã seguinte, depois do sexo; que ele vai estar lá para todo o mal, depois do bom.
Seria muito mais fácil não termos, simplesmente, expectativas. Andarmos à deriva, com o sangue morno e sem emoções. Há quem seja claramente capaz disso - eu já fui. Mas é a maior ironia do mundo quando reconhecemos que nos sabe melhor receber algo de alguém por quem esperamos, do que de alguém de que quem nunca quisemos nada.

Às vezes é uma questão de tempo até que a outra pessoa perceba que esperamos todo este tempo por ela. No entanto, às vezes é uma questão de tempo até nós próprias percebermos que estamos a querer esperar demasiado de alguém que não tem nada para nos dar, agora.
Chama-se timing. E é um grande filho da puta. ''


por Lullaby, The Heart Beats in its Cage [26 de Setembro 2011]



quando tropeçamos em textos com quase 4 anos e percebemos que o que sentíamos na altura voltou para nos assombrar. obrigada karma. vejo que conheceste o timing e são muito bons amigos..!

do tempo #37


não reconheço a face que encaro no espelho todas as manhãs.
mudei, mudámos, o mundo continua a revirar-se do avesso a cada instante e quando damos por nós aquela já  não é a nossa vida.
esta não é, pelo menos, a vida que esperei ter com 25 anos.
esperei muita coisa, de muita gente, muita mais de mim mesma, que vi cair por terra quando ainda acreditava em todos aqueles sonhos.
agora falha-me a realidade, até essa, palpável, e acordo todos os dias para uma vida que não reconheço como minha. sobram-me as memórias que, a tanto custo, anseio jogar pela janela fora.
sobram-me os laços com pessoas, humanos desprezíveis, que nunca pensei vir a reconhecer ter-lhes dado a oportunidade de me fazerem tanto mal. sobram-me as noites sem sono pelo coração vazio, mais pesado ainda do que quando carregava sonhos e desejos. sobra-me a certeza de ter acrescentado ainda mais pessoas à lista de ''em caso de cruzamento, atravessar para o passeio oposto'' e de isso em nada contribuir para minha felicidade, mas por outro lado conseguir diminuir um pouco a cada dia o poder que esses 'humanos' ainda têm sobre mim.

nunca conseguirei entender quem age sobre má fé gratuita sobre outra pessoa.
somos todos bombas relógio, somos todos bem intencionados até chegar a hora H e muitas vezes termos de escolher salvar a nossa própria pele em vez do outro, mas caramba,,, magoar alguém na incerteza do que se quer e motivado pela frustração da própria infelicidade? ´
este mundo bem que poderia revirar-se do avesso mas para acordar do lado certo.
pelo menos uma vez, do lado certo.


all flowers, in time,
bend towards the sun...

sexta-feira, 24 de julho de 2015

domingo, 19 de julho de 2015

do coração cheio


obrigada a todos 
por uma fantástica entrada no primeiro quarto de século.


'make it count'  -   I will. 


sábado, 18 de julho de 2015

segunda-feira, 13 de julho de 2015

dos (quase) 25

falta menos de uma semana para completar um quarto de século.
não estou preparada.

volto quando absorver toda a sabedoria que a idade nova me trará.
só que não.


algarve, 1991


sábado, 11 de julho de 2015

de volta #2

voltei de férias e, após um qualquer colapso emocional que não consigo explicar muito bem, acho que entrei finalmente na minha fase zen.
não falo propriamente de uma fase zen por consequência do cansaço, porque todos nós sabemos que essa fase é mais depressiva do que propriamente resolvida e que nos vem iludir nos primeiros tempos para depois resultar nos tais colapsos acima mencionados.
falo sim de uma fase em que aceitei as consequências das minhas escolhas. percebi (novamente) que muitas vezes não há de facto justificação para o que nos acontece, nem há regras ou motivos ou sequer más intenções.
as pessoas são bombas relógio.
passamos grande parte do tempo à procura de um tique-taque que se nivele com o nosso, que nos ritme os dias e faça o sol brilhar um pouco mais, até percebermos um belo dia que o nosso tique taque está a ficar atrasado, que a outra pessoa tique-taqueia freneticamente, que pode - e vai - explodir a qualquer momento. nunca o poderíamos ter previsto, nem a pessoa nos podia ter alertado para tal. somos bombas relógio programadas para explodir mas nenhum de nós sabe quando nem porquê.
preciso muito de acreditar que nada do que vivi, todos estes anos e em todas estas (des)ilusões, foi em vão. preciso de escolher pensar que tudo fez de mim o que sou hoje, ainda que isso implique não gostar propriamente da pessoa que sou agora.
o trabalho, nesta fase, é mudar tudo o que me parece inadequado, despir todos os trapos que já não me servem e acolher novos hábitos que me preencham. percebi que, regra geral, somos egoístas ao ponto de sentir saudades daquilo que vivemos e não da pessoa com quem o vivemos. talvez isso queira dizer alguma coisa, afinal de contas. talvez o motivo do fim resida então em todo esse amor que não sabemos se 'foi'.
sempre admirei pessoas que tinham imensas certezas, quando eu inevitavelmente me deixei sempre cercar por dúvidas. neste momento, deixei de fazer questões. as dúvidas estão numa gaveta, e ai de quem me venha dar respostas sem eu perguntar.
escolhi aceitar pacificamente tudo o que passou, sem espernear ou questionar ou bradar aos céus que todo este processo, este luto das memórias e dos cheiros e dos toques e dos sítios e dos risos e das músicas, passe. ele vai passar mas eu é que tenho de passar por ele primeiro.
'posso perfeitamente viver sem ti, a diferença é que escolho não o fazer, porque não quero.'
talvez estas palavras, esta minha tosca forma de amar, ainda precise muito de crescer e aprender e limar todas as suas arestas para finalmente tique-taquear em simultâneo com alguém.
por agora, ando desarmadilhada. e muito zen.

@madrid 

@chocolateria san ginés: churros ❤

@calle atocha: mahou ❤

 @100montaditos, puerta del sol


@palácio de cristal, parque del retiro

@puerta del sol






sábado, 4 de julho de 2015

do 'tudo junto'

quatro e meia da manhã parece uma hora perfeita para uma pequena adenda:
por muito que ecoem na nossa mente as palavras ''não sou igual aos outros'',  se não queriam ser comparados, não fizessem a mesma merda.
simples assim.
cansada que estou de desculpas, justificações, de se fazerem de coitados, de jogarem as culpas para cima de quem no fundo sempre tentou acima de tudo compreender, estar presente, apoiar.
se uma mulher não liga para não ser chata, é fria, calculista e desinteressada.
se quer aproveitar cada minuto livre para estar com aquele de quem gosta, é uma lunática carente com demasiado tempo livre.
ora foda-se, chega de pôr os interesses de quem gostamos à frente dos nossos, por acharmos que isso um dia nos vai ser retribuído. cansada que estou de ver toda uma laia de homens bem intencionados nos primeiros dois meses, escondidos confortavelmente na sua carapaça de indecisão, até perceberem (porque nós, as lunáticas que, cansadas de pedir um pouco de atenção que nos foi gentilmente oferecida de bandeja nesses primeiros meses, gentilmente lhes explicamos) que não estão preparados para nada daquilo em que se inscreveram. querer eles querem, não sabem é como nem quando. e se não sabem, afinal não querem assim tanto. capice?
a sério meus queridos, por favor. uma mulher não é um bibelôt, não é um troféu e muito menos um carro ao qual podem fazer test drive durante uns tempos para depois decidirem que afinal não o vão comprar porque preferiam outros estofos ou mais gadjets ou uma caixa automática.
cansada que estou de ter explicar isto tudo e de perceber que não adianta explicar nada quando a outra pessoa não quer perceber. e não adianta pôr as culpas todas neles também porque se os escolhemos para namorados ou outra porra que os valha, as nossas capacidades de julgamento não devem andar nos seus melhores dias, certo mulherada?



o melhor mesmo é dar umas boas gargalhadas para exorcizar a dor e pôr em perspectiva todo o percurso que temos à nossa espera. sabemos que será penoso (aliás, já o conhecemos quase de cor) e que não será de todo fácil, mas no fim, valerá a pena de certeza. (ou pelo menos vamos acreditar que sim, nesta 564ª incursão ao cérebro feminino, qual limpeza de primavera aos roupeiros).
afinal de contas, o que seria de nós mulheres sem amigas?
essas, firmes, aguentam mesmo que nós sejamos isso tudo junto: lunáticas, frias, carentes, calculistas, mal humoradas, sorridentes, choronas, estridentes. ter de explicar o que somos a quem quer que seja tira toda a piada à nossa verdadeira essência.
por isso, siga para a frente, que atrás vem gente, já dizia a minha avó. e se a gente que vem atrás nos apanhar, então aí é que o passado nunca mais nos larga. 'zimboraaa!