sábado, 4 de julho de 2015

do 'tudo junto'

quatro e meia da manhã parece uma hora perfeita para uma pequena adenda:
por muito que ecoem na nossa mente as palavras ''não sou igual aos outros'',  se não queriam ser comparados, não fizessem a mesma merda.
simples assim.
cansada que estou de desculpas, justificações, de se fazerem de coitados, de jogarem as culpas para cima de quem no fundo sempre tentou acima de tudo compreender, estar presente, apoiar.
se uma mulher não liga para não ser chata, é fria, calculista e desinteressada.
se quer aproveitar cada minuto livre para estar com aquele de quem gosta, é uma lunática carente com demasiado tempo livre.
ora foda-se, chega de pôr os interesses de quem gostamos à frente dos nossos, por acharmos que isso um dia nos vai ser retribuído. cansada que estou de ver toda uma laia de homens bem intencionados nos primeiros dois meses, escondidos confortavelmente na sua carapaça de indecisão, até perceberem (porque nós, as lunáticas que, cansadas de pedir um pouco de atenção que nos foi gentilmente oferecida de bandeja nesses primeiros meses, gentilmente lhes explicamos) que não estão preparados para nada daquilo em que se inscreveram. querer eles querem, não sabem é como nem quando. e se não sabem, afinal não querem assim tanto. capice?
a sério meus queridos, por favor. uma mulher não é um bibelôt, não é um troféu e muito menos um carro ao qual podem fazer test drive durante uns tempos para depois decidirem que afinal não o vão comprar porque preferiam outros estofos ou mais gadjets ou uma caixa automática.
cansada que estou de ter explicar isto tudo e de perceber que não adianta explicar nada quando a outra pessoa não quer perceber. e não adianta pôr as culpas todas neles também porque se os escolhemos para namorados ou outra porra que os valha, as nossas capacidades de julgamento não devem andar nos seus melhores dias, certo mulherada?



o melhor mesmo é dar umas boas gargalhadas para exorcizar a dor e pôr em perspectiva todo o percurso que temos à nossa espera. sabemos que será penoso (aliás, já o conhecemos quase de cor) e que não será de todo fácil, mas no fim, valerá a pena de certeza. (ou pelo menos vamos acreditar que sim, nesta 564ª incursão ao cérebro feminino, qual limpeza de primavera aos roupeiros).
afinal de contas, o que seria de nós mulheres sem amigas?
essas, firmes, aguentam mesmo que nós sejamos isso tudo junto: lunáticas, frias, carentes, calculistas, mal humoradas, sorridentes, choronas, estridentes. ter de explicar o que somos a quem quer que seja tira toda a piada à nossa verdadeira essência.
por isso, siga para a frente, que atrás vem gente, já dizia a minha avó. e se a gente que vem atrás nos apanhar, então aí é que o passado nunca mais nos larga. 'zimboraaa!

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