domingo, 2 de novembro de 2014

dos abraços

Ontem abracei um grande amigo e ficamos os dois mergulhados no sentimento de perda e no vazio, embebidos pela certeza de que ambos merecíamos sorte melhor.
Custa reconhecer, perante nós próprios e toda a gente, que falhamos. De novo.
Que nunca dá certo. Que nunca é a hora.
Ontem abracei um grande amigo e percebi que a solidão é de facto relativa - ficamos os dois, no meio de centenas de pessoas, sozinhos, a dar um ao outro a força que não possuíamos nem para nós mesmos.
E sorri ao reconhecer que vai ficar tudo bem.
Agora só resta continuar a sorrir.

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