sábado, 13 de dezembro de 2014

do espírito

está a chegar aquela altura do ano em que engordamos todos 3kgs com os doces da mamã e o álcool do papá, em que gastamos os olhos da cara num vestido para a passagem de ano que não voltaremos a vestir tão cedo, em que vemos 1001 opções de passagem de ano e acabamos por ficar em casa onde um pijama servia perfeitamente para entrar no novo ano.
também é nesta altura que discutimos com os amigos por não encontrarem uma porra de uma data em que dê para todos estarem presentes no jantar de Natal, em que consequentemente desistimos de fazer um jantar de Natal, em que tentamos a todo o custo estar com todos os amigos que raramente vemos mas que nesta altura gostavamos mesmo de rever e nem isso sabemos se será possível. é nesta altura que desesperamos pelas prendas que faltam comprar, como se uma prenda devolvesse todo o amor que fica por dar no resto dos dias e as filas intermináveis de embrulhos e talões sem preço nos redimissem se tudo errado que passou.

este ano já tratei das prendas praticamente todas, estou a tentar alinhas os xacras para não assassinar ninguém no emprego, já revi receitas de Natal e prometi à progenitora que vou deixar alguns doces por minha conta. este ano não vou comprar um vestido novo, nem repensar a maquilhagem, nem tampouco procurar ideias para a passagem de ano. a garrafeira do papá está abastecida, as prendas dos miúdos compradas e o verdadeiro significado do Natal quer-se com uma árvore recheada de pais natais e luzinhas e estrelas e renas, mas sem ter assim tantas prendas. a passagem de ano será com certeza passada com quem se ama, por entre champanhe e um vestido antigo, mas com a esperança de que 2015 seja amável com tudo o que 2014 deixou pendente.

afinal de contas, os anos ensinam-nos o que é mais importante. ou pelo menos assim deveria ser.

Boas Festas.

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