sexta-feira, 11 de julho de 2014

das férias

Perder algo de que gostamos custa, pelo simples facto de que gostar é tão precioso quanto um diamante refundido na África faminta. Isto porque também todos nós andamos famintos de tanta coisa, que por vezes não sabemos sequer de que se trata.
Tenho perdido demasiadas coisas, ou por outro lado, demasiadas coisas se têm transformado na minha vida mas a vida, essa, continua na mesma.
 E essa merda do não saber o que se precisa para ser feliz e temer sempre não ser suficiente e não nos sentirmos capazes de mudar o que está mal e olharmos em volta e vermos todas as vidas a avançar e a nossa estagnada e sabermos que não podemos - mas não conseguimos evitar - descarregar em quem mais gostamos e... puf.
E depois o cliché de pensar que se é assim tão fácil perder, será que algum dia existiu? E esta merda de não fazer sentido com as palavras e não conseguir dizer o que se sente e enrolar tudo na língua e cuspir feito cascavel e criar minhocas na cabeça de quem já tem minhocas que chegue e não conseguir desdizer o que se disse e serem três da manhã e os olhos inchados e a merda do mundo lá fora que não pára de existir para me dar sossego.
Eu só queria aquele sítio mágico agora, o meu sítio preferido no mundo, que temo que passe a existir só na minha memória, por culpa do timing, esse filho da puta, culpa do medo, culpa de tudo acontecer ao mesmo tempo e eu a sentir-me tão pequena, tão insuficiente, e o amanhã que não chega a ver se o sol brilha mais um pouco, e o domingo que não chega para eu ver a felicidade deles, para acreditar mais um pouco que estes olhos inchados serão de felicidade daqui a 3 dias e que a minha vida pode mudar também.

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