percebi hoje que não punha cá os pés há um mês e, sendo este espaço o meu porto de abrigo em horas más, isso só pode significar que tenho andado muito bem :)
no entanto vou tentar não desaparecer tanto, que isto de escrever o que nos vai na alma faz um restart porreiro aos pensamentos e é bem mais benéfico do que pagar a terapeutas. e quem é feliz tem razões de sobra para o partilhar também - sem querer ser mete nojo ahah.
por entre o contrato assinado, a alegria de ir trabalhar que já não sentia há tanto tempo, o jantar de natal da empresa e o bónus de fim de ano, posso dizer que profissionalmente anda tudo ás mil maravilhas. no início do mês passou a comic con, compraram-se as prendas de natal, planifiquei todas as sobremesas amigas da obesidade mórbida para a ceia de natal - os horários laborais deste ano foram muito amigos- e já tenho algumas viagens em mente para marcar para o próximo ano. amanhã tenho jantar natalício, 2a feira vou ver o star wars e os sobrinhos vão estar por cá por casa a destruir tudo e durante a proxima semana tenho muitos mais encontros com amigos para troca de prendas e mimos nesta quadra que tanto adoro!
2016 me aguardji, que isto vai num bom ritmo!:)
May your days be merry and bright And may all your Christmases be white ♪
finalmente lá chegou, a primeira gripe do Inverno.
hoje é dia de folga e dia de mantas e pôr as séries em dia, a ver se fico melhor para ainda ir aproveitar um bocadinho do sol que se faz sentir lá fora.
ontem tive a confirmação de que devia confiar mais nos meus instintos porque estão quase sempre certos e tive também a confirmação de que raramente me engano relativamente a primeiras impressões. sempre acreditei que a única forma de estar numa relação é confiando a 100%, infelizmente (no meu caso) nas pessoas erradas.
por segundos ainda permiti que as dúvidas me atormentassem mas nem terminei o raciocínio. que se foda, sabes? o que quer que seja ou tenha sido, já não quero saber, não me importa, já não é.
e essa é uma liberdade sem preço e um amor muito maior do que o que senti por ti: é o meu amor próprio, a minha vida, e neste momento estou num lugar tão bom que finalmente ao perceber que não me importo, sorri e segui em frente.
passaram seis meses ou porra que o valha, mas um coração partido não mede o tempo que precisa.
o meu não está colado nem remendado, por outro lado descasquei-lhe aquela pele morta e limei muitas arestas até ficar com o que realmente importava e estava escondido por baixo dessa superfície tosca que fizeste questão de tentar destruir,
não conseguiste. e para mim, seguir em frente com a consciência de tudo o que é mau e magoou e sem varrer a dor pra debaixo do tapete é a melhor - e a única - forma de enfrentar qualquer coisa na vida: é pegar no touro pelos cornos. olé.
realmente há coisas que nos marcam e moldam e por muito que vamos aprendendo, a maioria das vezes o nosso carácter sobrepõe-se às lições e acabamos por cometer os mesmos erros.
hoje revi-me nisto quando conversava com um amigo que voltou a cometer esse erro, o de dar a oportunidade de sarar as feridas a quem já lhe fez tanto mal.
isto acontece também quando tentamos ser adultos, dar a outra face, consertar o que está errado: nem sempre a outra pessoa quer o mesmo que nós e, a maioria das vezes, acabamos por lhes dar as ferramentas necessárias para nos destruírem ainda mais. é esse o problema das segundas (e terceiras...) oportunidades: acharmos que os outros vêm e sentem e querem o mesmo que nós e por esse motivo procederão da mesma forma.
This is the hardest story,
That I have ever told,
No hope, or love, or glory,
Happy ending's gone forever more,
I feel as if I'm wasting,
And I've wasted every day
This is the way you left me,
I'm not pretending,
No hope, no love, no glory,
No happy ending
This is the way that we love,
Like it's forever,
And live the rest of our life,
But not together
no fundo nunca conhecemos ninguém e qualquer pessoa nos pode surpreender - infelizmente pela negativa. viver com medo não é a solução, mas sim viver alerta. aproveitar cada bom momento sem estar sempre a desconfiar (que isso também não é vida!) mas perceber, quando os tropeções acontecerem, que fazem parte do caminho, mas não são o fim da estrada. perceber que o que importa é adormecer tranquilo com a nossa consciência, com tudo o que fizemos em prol dos nossos valores e ideais, em prol do amor maior que queremos espalhar em nós e à nossa volta.
há sempre mais caminho a percorrer apesar das quedas e por muito que nos levantemos, nada nos garante que não voltemos a cair. o segredo é nunca desistirmos de nos levantar. ''enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar.''
tenho andado tão ocupada que às vezes fico a pensar realmente que raio de vida é esta que nos obriga a crescer!
brincadeirinha. sinto-me muito realizada e feliz por aprender algo novo todos os dias e ir conquistando aos poucos o meu lugar ao sol.
estamos no início de novembro - o que nas palavras da minha mãe significa que o Natal está mesmo aí e daqui a 2016 é um pulinho - e por isso já comecei a introspecção face ao ano que está quase a terminar.
2015 foi um ano muito duro emocionalmente. aprendi a muito custo novamente que o timing é o nosso pior inimigo e que nunca conhecemos verdadeiramente ninguém até as circunstâncias porem as pessoas à prova. conheci também pessoas incríveis e reafirmei laços de amizade que me ajudaram quando o tapete me saiu debaixo dos pés.
fiz 25 anos. isto pode parecer lamechas e ridículo porque no fundo ainda sou uma jovem e bla bla bla, mas como ainda li no outro dia: a vida só nos desilude por teimarmos em ver aquilo que queríamos e não concretizamos. resumindo e concluindo, não era aqui que eu queria estar com 25 anos nem era aqui que todos me imaginavam. se deixei que a vida me fugisse por instantes? claro que sim. acomodei-me muitas vezes a uma realidade que julguei mais serena e segura para depois me ver completamente entediada pela falta de conquistas.
por isso mesmo, em 2015 mudei de emprego. do nada surgiu a oportunidade de mudar a minha vida e, ainda que para muitos possa ser apenas um emprego, para mim representou a tal mudança que ansiava há tantos anos.
a nível afectivo, não vamos nem falar. estou finalmente a recompor os cacos quebrados nos últimos meses e feliz por ter certas pessoas ao meu lado que nunca me deixam esquecer o quão importante é seguir em frente, de cabeça levantada, e sorrir.
talvez nem todos precisemos exactamente das mesmas coisas que os contos de fadas nos apresentam e que procuramos incessantemente. talvez eu precise de me apaixonar mais por mim mesma antes de me apaixonar de novo. o que sei é que, neste momento, estou muito realizada e feliz e rodeada de amigos e família e um mundo de possibilidades neste novo emprego que é no fundo uma folha em branco.
para trás fica um ano turbulento e complicado, tão cansativo que ainda não estou totalmente recuperada. fica também a certeza de que nenhum amor nos deve diminuir, anular ou mesmo sugar todas as forças na tentativa de remarmos, sozinhas, a bom porto.
talvez eu estivesse a remar na direcção errada, afinal de contas, e por isso não estivesse ninguém a remar comigo. mas se nem eu nem ele mudamos de atitude ao fim de tantas tentativas, foi por nenhum de nós considerar que estava errado - e o que um não quer, dois não fazem, certo?
agora chega de introspecções e vou masé tirar o pijama, vestir algo bonitinho e dar um splash de cor nesta cara - esta semana estamos no turno da noite com o médio oriente :)
ando sem tempo para nada, a cair de sono às 22h e a acordar todos os dias super cedo para ficar no meio do trânsito até chegar ao emprego.
para a semana começa a nova e decisiva fase de mudança: começam os turnos rotativos, começa a experiência on job (que até agora era só teórica) e começa, se o Universo me continuar a ajudar como tem ajudado até agora, uma nova carreira.
sabe tão bem finalmente ter vida de gente grande! p.s.: vou para a cama ver séries. ou o x-factor. é, se calhar o x-factor.
'' Que nos apaixonemos muitas vezes quando somos novos para nos conseguirmos apaixonar apenas uma vez ou duas em adultos. Se assim for, o Amor só falhou para nunca mais falhar. ''
E pronto. 7 anos que não se resumem de forma nenhuma, que me construíram e me deram tanta coisa boa e má.
Terminei a noite com um abraço de uma das poucas pessoas de quem irei sentir falta e foi o bastante. E por essas pessoas que me importam tanto acreditarem tanto em mim é que eu acredito, ainda que duvide sempre um bocadinho, que vai correr tudo bem.
onze horas de cura de sono (depois de uma semana alucinante) e uma tarde no sofá, acompanhada de séries e do mau tempo lá fora.
agora vamos lá queimar os últimos cartuchos no ''emprego antigo'', que amanhã é dia de estudo para o ''emprego novo'' que recomeça segunda feira.
não pára nem deixa morrer!
fill the night with stories, the legend grows of how you got lost but you made your way back home..!
há um ano atrás estava a torcer e a apoiar a mudança de outra pessoa -
agora é finalmente a minha vez.
só tenho pena que, passado este tempo, não tenha sido possível que ele agora torça por mim também.
estranho como o tempo se encarrega de modificar tudo aquilo que sentimos, não é? e de recalcar as emoções e relembrar-nos o quão pequeninos somos, incapazes de manipular a própria passagem do tempo a nosso favor.
um ano já me pareceu tão pouco e agora parece-me tanto.
por agora, posso apenas dizer que estou feliz, como há muito não me sentia.
feliz feliz feliz!
com muito muitooooo medo, mas isso não é sempre sinal de algo grandioso?
foda-se! finalmente!
eu já merecia algo de bom - e não me julguem por soar tão egocêntrica, mas há muito que tentei semear coisas boas para as colher depois e só me calhavam ervas daninhas.
finalmente algo vai florir.
estou aterrorizada mas pronta para receber tudo de bom que (acredito) está para chegar.
25 é o ano.
Whatever happens
I'll leave it all to chance
Another heartache
Another failed romance
On and on
Does anybody know what we are living for?
[ouvi isto em repeat na minha cabeça o dia todo. que grande versão!!!]
esta há-de ser sempre uma das músicas mais sinceras e de total entrega no que respeita a esse assunto tão badalado, o amor.
a versão mais conhecida talvez seja a do Bob Dylan mas na minha cabeça ecoará sempre a voz da Adele. às vezes até me esqueço do quanto gostava dela (bem antes de toda a gente ter tornado a someone like you quase insuportável), mas ainda bem que este miúdo mo lembrou. ainda bem.
Há um filme, daqueles de domingo à tarde que todos vemos em loop nalgum momento das nossas vidas, em que uma das personagens principais, feminista de gema, diz uma frase daquelas que parecem saídas dos mini livros com títulos como 'para a mãe' ou 'frases românticas' que encontramos na linha de caixas de um qualquer supermercado: 'Happy endings are just stories that haven't finished yet.'
A primeira vez que vi o filme era uma teenager angustiada com a injustiça de demasiadas borbulhas e zero namorados, por isso achei super maduro identificar-me à partida com uma frase proferida pela majestosa Angelina Jolie. Hoje esta frase veio-me novamente à cabeça porque uma amiga minha, recordando uma visita a Lisboa de há dois anos atrás e a que fizemos novamente este ano com o grupo de amigos, comentou algo como ''está a tornar-se hábito ir a Lisboa todos os anos em Agosto''.
No ano passado, apesar de não ter ido com nenhum dos amigos das visitas acima mencionadas, eu também fui a Lisboa, muitas vezes até. Uma delas, a que se enquadra nesta época do ano, decidi ir passear com os meus pais e mostrar-lhes algumas das coisas mais bonitas da capital. Entretanto os meus pais acabaram por voltar e eu fiquei mais uns dias, com uma grande amiga que lá mora, a comer pastéis de Belém e a beber tudo o que o Bairro Alto tivesse para oferecer. Pelo meio desses dias, aconteceu uma discussão por telemóvel que levou à ruptura: pensei que talvez quiséssemos coisas diferentes, afinal, e que era melhor deixá-lo ir.
Chorei antes de adormecer, com a minha amiga a consolar-me, Acordei com uma chamada dele, a dizer que se tinha enfiado no carro, já estava a passar Sta Maria da Feira e que ia ter comigo - que não podia acabar assim. Ripostei, disse para voltar para trás, que falávamos quando eu voltasse para o Porto. Respondeu-me que, desde que eu estivesse disposta a recebê-lo em Lisboa e a falar com ele, que tinha a certeza de que era comigo que queria ficar. Desligou e apareceu-me, horas depois, à porta de casa da minha amiga.
Lisboa há-de sempre ser a nossa cidade, por muito que me custe agora sempre que tenho de lá voltar. A calçada portuguesa foi testemunha de demasiados momentos bonitos, de abraços, de promessas, de tantas tantas gargalhadas. Do Chiado-aoMarquês de Pombal-a Belém-ao Hard Rock-à Bela Vista, percorro aquelas ruas e recordo os dias que lá passamos os dois, mas penso especialmente naquela tarde em que ele me apareceu com um punhado de certezas, e de como aqueles 300km percorridos me fizeram pensar que teria finalmente o meu final feliz.
Se a minha vida fosse um filme e o realizador tivesse decidido cortar a história naquele momento, todos os expectadores acreditariam num 'e foram felizes para sempre'.
Tudo apontava para isso, não é verdade? Seria efectivamente um final feliz digno de Hollywood.
No filme Mr & Mrs Smith, de onde provém a frase, a Angelina acabou por morder a língua porque a personagem dela teve efectivamente um final feliz. Ou se calhar, uma vez mais e como aconteceu com a minha própria vida, a história ainda não tinha terminado.
I don't have a choice
but I'd still choose you.
Às vezes é mais fácil tirarmos o valor às coisas, torná-las supérfluas e rotineiras, para que doam menos quando formos privados delas. O mais difícil e honroso, no entanto, é conseguirmos sorrir ao pensar numa viagem de comboio de regresso a casa no colo do homem que amámos (o carro entretanto avariou-se no Pombal e voltou para o Porto de reboque enquanto ele teve de ir ter comigo até Lisboa de táxi, mas não nos percamos em pormenores cómicos, faxabor!) e conseguirmos perceber o quão sortudos fomos (somos) por ter a oportunidade de sentir.
Sentir ao máximo, sentir com cada poro. Sentir cada toque, cada olhar, cada sorriso.
Conseguir perceber a magia congelada de um momento em que nada mais importava do que aquele amor. Sem arrependimentos, sem mágoas. Eventualmente, sem dor.
Esse é o nosso final feliz, que recomeça a cada dia e que por isso mesmo não está dependente de nenhum corte do realizador: agradecermos a capacidade de amar e percebermos que, apesar das quedas, devemos sempre escolher sentir tudo em pleno e nunca deixarmos que a vida nos fuja por medo.
Afinal de contas, ainda temos algum poder em decidir a nossa vida:
podemos, pelo menos, decidir vivê-la.
[finalmente um texto escrito com toda a liberdade que este meu espaço sempre me proporcionou. como disse num post anterior: como é bom ter a minha vida de volta!]
Eu sempre quis poder escrever aqui como quem envia mensagens para um buraco negro, mas deixei de o poder fazer quando uma certa pessoa lia incessantemente cada desabafo com a prepotência de se associar a ele.
Pois bem, depois de uma semana fantástica de férias, finalmente a minha cabeça decidiu arrumar as gavetas.
Se me estiveres a ler, voltei agora da cidade que considerava como nossa. Voltei e finalmente percebi que o motivo para te ter sempre comparado a tudo o que me aconteceu de errado é porque de facto não valias mais do que toda a merda que já me tinha acontecido - foste mais uma lição dura de aprender, mas estamos sempre a tempo.
Quero que saibas também que foram as tuas atitudes as causadoras desta minha decisão. Vai para o caralho que te foda, era o que te diria se o pudesse fazer pessoalmente e ainda acompanhava a frase com um par de estalos, mas nem é bem uma questão de não poder dizê-lo...
Não me mereces esse transtorno e muito menos que me preocupe sequer em saber se estás bem, no entanto espero que tenhas a noção da cidade ervilha em que vivemos e de como tudo, de bom e de mau, se sabe.
Por isso apenas repito aqui, no MEU buraco negro: vai para o caralho. E espero bem que já não leias estas palavras porque isso quereria dizer que finalmente me deixaste em paz- e isso seria a primeira atitude coerente que terias.
Quanto às memórias (boas), vou guardá-las com o carinho que me merecem onde pertencem, no passado, que é onde pertences também e de onde não te vou mais desenterrar por motivo algum.
Ai, sabe tão bem ter este meu cantinho de volta. Aliás,sabe bem ter a minha vida de volta.
Vai para o caralho!!!
eeeeee continuamos com o karma a fazer das suas.
25 anos e encharcada em voltaren. as costas ainda me estão a dar que fazer (é pior do que eu pensava, afinal), mas nada que não se consiga resolver.
felizmente daqui a dois dias só vou sentir o cheirinho a férias. FÉRIAAAAAAS.
(e vamos acreditar que não se vai furar nenhum pneu nem que o avião se vai atrasar nem qualquer outra porra que me possa acontecer nesta fase de super azar. #figas.)
eu acredito piamente no karma e por saber como ele funciona, percebo perfeitamente porque me aconteceu isto hoje. logo hoje, que me aconteceu tudo junto.
percebo mas acredito que não merecia. já chorei mil rios com os nervos e já mandei o mundo para a puta que o pariu, mas no fundo o karma veio relembrar-me a ironia de me ter rido (no último post).
já era tempo de eu sossegar, sorrir e cheirar as flores e deixar de dar tanto poder a que outras pessoas me façam tão mal.
ando quebrada, nervosa, irritadiça, não consigo sorrir com vontade e mesmo que tenha mil coisas planeadas com mil pessoas diferentes, sinto-me sozinha.
já era tempo de isto ter sarado. já era tempo de saires de vez da minha vida.
há uma aplicação muito engraçada (ou por outras palavras, parva e que serve o seu propósito para quem, como eu, não tem mais o que fazer) que nos permite ver o que publicamos ou partilhamos no facebook neste mesmo dia em anos anteriores.
entre textos de um outro blog que mantinha em 2011 e uma música da jessie j que partilhei em 2013, em 2010 foi esta a música que partilhei no meu mural.
I wanna try it
I think I'm already trying
I'm already trying...
é que já nem eu me lembrava que conhecia isto.
mãe do céu balei-me que a idade está mesmo a apanhar-me.
''As mulheres não precisam de rótulos, precisam de orientação. Não precisam de ser chamadas disto ou daquilo, desde que saibam que papel representam. Não, as mulheres não precisam de conhecer os vizinhos nem o piriquito para se sentirem integradas na vida de um homem. As mulheres precisam, tão simples quanto isso, de sentir um mínimo de segurança e de saber que ele vai estar lá na manhã seguinte, depois do sexo; que ele vai estar lá para todo o mal, depois do bom. Seria muito mais fácil não termos, simplesmente, expectativas. Andarmos à deriva, com o sangue morno e sem emoções. Há quem seja claramente capaz disso - eu já fui. Mas é a maior ironia do mundo quando reconhecemos que nos sabe melhor receber algo de alguém por quem esperamos, do que de alguém de que quem nunca quisemos nada.
Às vezes é uma questão de tempo até que a outra pessoa perceba que esperamos todo este tempo por ela. No entanto, às vezes é uma questão de tempo até nós próprias percebermos que estamos a querer esperar demasiado de alguém que não tem nada para nos dar, agora. Chama-se timing. E é um grande filho da puta. '' por Lullaby, The Heart Beats in its Cage [26 de Setembro 2011] quando tropeçamos em textos com quase 4 anos e percebemos que o que sentíamos na altura voltou para nos assombrar. obrigada karma. vejo que conheceste o timing e são muito bons amigos..!
não reconheço a face que encaro no espelho todas as manhãs.
mudei, mudámos, o mundo continua a revirar-se do avesso a cada instante e quando damos por nós aquela já não é a nossa vida.
esta não é, pelo menos, a vida que esperei ter com 25 anos.
esperei muita coisa, de muita gente, muita mais de mim mesma, que vi cair por terra quando ainda acreditava em todos aqueles sonhos.
agora falha-me a realidade, até essa, palpável, e acordo todos os dias para uma vida que não reconheço como minha. sobram-me as memórias que, a tanto custo, anseio jogar pela janela fora.
sobram-me os laços com pessoas, humanos desprezíveis, que nunca pensei vir a reconhecer ter-lhes dado a oportunidade de me fazerem tanto mal. sobram-me as noites sem sono pelo coração vazio, mais pesado ainda do que quando carregava sonhos e desejos. sobra-me a certeza de ter acrescentado ainda mais pessoas à lista de ''em caso de cruzamento, atravessar para o passeio oposto'' e de isso em nada contribuir para minha felicidade, mas por outro lado conseguir diminuir um pouco a cada dia o poder que esses 'humanos' ainda têm sobre mim.
nunca conseguirei entender quem age sobre má fé gratuita sobre outra pessoa.
somos todos bombas relógio, somos todos bem intencionados até chegar a hora H e muitas vezes termos de escolher salvar a nossa própria pele em vez do outro, mas caramba,,, magoar alguém na incerteza do que se quer e motivado pela frustração da própria infelicidade? ´
este mundo bem que poderia revirar-se do avesso mas para acordar do lado certo.
pelo menos uma vez, do lado certo.
voltei de férias e, após um qualquer colapso emocional que não consigo explicar muito bem, acho que entrei finalmente na minha fase zen.
não falo propriamente de uma fase zen por consequência do cansaço, porque todos nós sabemos que essa fase é mais depressiva do que propriamente resolvida e que nos vem iludir nos primeiros tempos para depois resultar nos tais colapsos acima mencionados.
falo sim de uma fase em que aceitei as consequências das minhas escolhas. percebi (novamente) que muitas vezes não há de facto justificação para o que nos acontece, nem há regras ou motivos ou sequer más intenções.
as pessoas são bombas relógio.
passamos grande parte do tempo à procura de um tique-taque que se nivele com o nosso, que nos ritme os dias e faça o sol brilhar um pouco mais, até percebermos um belo dia que o nosso tique taque está a ficar atrasado, que a outra pessoa tique-taqueia freneticamente, que pode - e vai - explodir a qualquer momento. nunca o poderíamos ter previsto, nem a pessoa nos podia ter alertado para tal. somos bombas relógio programadas para explodir mas nenhum de nós sabe quando nem porquê.
preciso muito de acreditar que nada do que vivi, todos estes anos e em todas estas (des)ilusões, foi em vão. preciso de escolher pensar que tudo fez de mim o que sou hoje, ainda que isso implique não gostar propriamente da pessoa que sou agora.
o trabalho, nesta fase, é mudar tudo o que me parece inadequado, despir todos os trapos que já não me servem e acolher novos hábitos que me preencham. percebi que, regra geral, somos egoístas ao ponto de sentir saudades daquilo que vivemos e não da pessoa com quem o vivemos. talvez isso queira dizer alguma coisa, afinal de contas. talvez o motivo do fim resida então em todo esse amor que não sabemos se 'foi'.
sempre admirei pessoas que tinham imensas certezas, quando eu inevitavelmente me deixei sempre cercar por dúvidas. neste momento, deixei de fazer questões. as dúvidas estão numa gaveta, e ai de quem me venha dar respostas sem eu perguntar.
escolhi aceitar pacificamente tudo o que passou, sem espernear ou questionar ou bradar aos céus que todo este processo, este luto das memórias e dos cheiros e dos toques e dos sítios e dos risos e das músicas, passe. ele vai passar mas eu é que tenho de passar por ele primeiro. 'posso perfeitamente viver sem ti, a diferença é que escolho não o fazer, porque não quero.'
talvez estas palavras, esta minha tosca forma de amar, ainda precise muito de crescer e aprender e limar todas as suas arestas para finalmente tique-taquear em simultâneo com alguém.
por agora, ando desarmadilhada. e muito zen.
quatro e meia da manhã parece uma hora perfeita para uma pequena adenda:
por muito que ecoem na nossa mente as palavras ''não sou igual aos outros'', se não queriam ser comparados, não fizessem a mesma merda.
simples assim.
cansada que estou de desculpas, justificações, de se fazerem de coitados, de jogarem as culpas para cima de quem no fundo sempre tentou acima de tudo compreender, estar presente, apoiar.
se uma mulher não liga para não ser chata, é fria, calculista e desinteressada.
se quer aproveitar cada minuto livre para estar com aquele de quem gosta, é uma lunática carente com demasiado tempo livre.
ora foda-se, chega de pôr os interesses de quem gostamos à frente dos nossos, por acharmos que isso um dia nos vai ser retribuído. cansada que estou de ver toda uma laia de homens bem intencionados nos primeiros dois meses, escondidos confortavelmente na sua carapaça de indecisão, até perceberem (porque nós, as lunáticas que, cansadas de pedir um pouco de atenção que nos foi gentilmente oferecida de bandeja nesses primeiros meses, gentilmente lhes explicamos) que não estão preparados para nada daquilo em que se inscreveram. querer eles querem, não sabem é como nem quando. e se não sabem, afinal não querem assim tanto. capice?
a sério meus queridos, por favor. uma mulher não é um bibelôt, não é um troféu e muito menos um carro ao qual podem fazer test drive durante uns tempos para depois decidirem que afinal não o vão comprar porque preferiam outros estofos ou mais gadjets ou uma caixa automática.
cansada que estou de ter explicar isto tudo e de perceber que não adianta explicar nada quando a outra pessoa não quer perceber. e não adianta pôr as culpas todas neles também porque se os escolhemos para namorados ou outra porra que os valha, as nossas capacidades de julgamento não devem andar nos seus melhores dias, certo mulherada?
o melhor mesmo é dar umas boas gargalhadas para exorcizar a dor e pôr em perspectiva todo o percurso que temos à nossa espera. sabemos que será penoso (aliás, já o conhecemos quase de cor) e que não será de todo fácil, mas no fim, valerá a pena de certeza. (ou pelo menos vamos acreditar que sim, nesta 564ª incursão ao cérebro feminino, qual limpeza de primavera aos roupeiros).
afinal de contas, o que seria de nós mulheres sem amigas?
essas, firmes, aguentam mesmo que nós sejamos isso tudo junto: lunáticas, frias, carentes, calculistas, mal humoradas, sorridentes, choronas, estridentes. ter de explicar o que somos a quem quer que seja tira toda a piada à nossa verdadeira essência.
por isso, siga para a frente, que atrás vem gente, já dizia a minha avó. e se a gente que vem atrás nos apanhar, então aí é que o passado nunca mais nos larga. 'zimboraaa!
Quando um amor termina, queremos desesperadamente terminar também.
Não falo de terminar com a vida, mas sim de terminar com tudo aquilo que fomos até então, pois se conduziu àquele fim, algo deveria estar errado.
Quando um amor termina, queremos desesperadamente recomeçar.
Não propriamente com um novo amor por outra pessoa, mas talvez a alimentar melhor o amor que sentimos por nós mesmos. Não é anormal vermos mulheres com novos cortes de cabelo, a perder 10kg no ginásio e a fazer mil e uma coisa que nunca tinham feito antes. Porque terminar algo implica começar uma outra coisa, na boa e velha filosofia 'quando uma porta se fecha, abre-se uma janela'.
Quando um amor termina, o que mais custa, o que mais mói, é o esquecimento. É o sabermos que, no meio de todos os afazeres e rotina, eventualmente a tristeza vai passar, a dor vai passar. Eventualmente vamos deixar de nos lembrar como ele gostava das torradas ou de como ajeitava o cabelo pela manhã, e vamos dar por nós a não saber quem é a pessoa que amámos. Amámos com acento, por ser pretérito perfeito. Por já não ser presente. Por não poder ser futuro.
It's hard for me to say, I'm jealous of the way
You're happy without me
Quando um amor termina, pior do que esquecer alguém - como se fosse realmente possível..! - num egoísmo desenfreado de querer reconstruir o puzzle quebrado, é a sensação inútil de sermos esquecidos. É o saber, por exemplo, que nenhuma notícia minha lhe vai chegar, porque eu assim o quis. E que o facto de eu estar ausente permite que a memória que ele tem de mim morra, e por oposição (e castigo) mantém demasiado viva a memória que tenho dele. Porque cortei todas as amarras, me excluí de tudo, fugi depressa demais.
Às vezes dou por mim a pensar no que terá restado. Depois percebo que, quando um amor termina, não há restos. Ninguém merece ser o resto de coisa nenhuma, muito menos de um amor. Um amor não tem restos, tem uma história. E pela primeira vez em toda a minha vida, consigo sorrir ao lembrar tudo aquilo que ele me ensinou, tudo o que descobrimos juntos.. E agradeço, naquele microssegundo que antecede o fechar os olhos na dor de ver mais uma fotografia com um sorriso onde eu não estou, por cada pedaço de mim que foi mais feliz. Ainda que o amor já tenha terminado.
"The hummingbird is not just another bird. Its heart rate's 1,200 beats per minute. Its wings beat 80 times a second. If you was to stop their wings from beating, it would be dead in less than 10 seconds. This is no ordinary bird. This is a frickin' miracle. They slowed down their wings with moving pictures, and you know what they saw? Their wingtips are doing that. You know what the figure eight is the mathematical symbol for? Infinity. Infinity!"
yay, o que é preciso é saúde.
e amor.
e dinheiro vá.
com algum jeitinho, dinheiro suficiente para ir de férias, jantar fora, ir a concertos, comprar cenas fixes, oferecer prendas a quem gostamos e conseguir pagar as contas sem ficar pobre ao ponto de sentirmos que estamos a vender um rim em troca de um tecto,
é oficial: pobres de classe média no no século XXI são grande cena.
principalmente porque todos sabemos que o dinheiro não compra felicidade, mas ser feliz com dinheiro não traz tristeza nenhuma. aleluia, senhor!
férias.
amanhã entro em contagem decrescente para uns dias de sossego, saídas, gargalhadas, concertos, teatros, aniversários, balões de s.joão e muita muita alegria. ah e finalmente muitos passeios ao volante. #QuemAcreditaVai
Ora pois claro que ficaram espantadas, qualquer pessoa fica se eu perder 15minutinhos a resumir os últimos anos da minha vida. É que nem me façam começar...
precisava muito que me dissessem que vai ficar tudo bem, naquele tom meigo de quem realmente acredita, porque eu no fundo já sei que vai e só preciso é que acreditem por mim, por estar tão sem forças e um empurrãozinho vir mesmo a calhar.
precisava muito que a balança andasse ó-pra-trás uns quantos quilos, para voltar a caber nos trapos que tanto gosto e para a porra da autoestima não ir pelo cano abaixo, agora que não tenho quem ma eleve todos os dias.
precisava, oh se precisava, de um novo emprego, de novos colegas de trabalho, de novos desafios, de um novo ordenado.
precisava tanto que a porra do tempo andasse mais rápido que os relógios que insistem em lembrar-me de que ainda só passou um mês de dor e que muitos mais se seguirão.
precisava muito de encontrar finalmente uma porra de um carro dentro das minhas necessidades e orçamentos, precisava muito de conseguir terminar os livros que tenho pendurados para ler há anos e de deitar cá para fora as palavras tortas que me habitam sem lugar há tempo demais.
precisava, oh se precisava, de crescer para lá dos meus contornos, da minha zona de conforto, da minha sabedoria. precisava muito de uma mudança de visual, de cidade, de vida.
precisava que a vida deixasse de ser madrasta e filha da puta e que parasse de me dar lições porque no fundo não aprendemos, não é sua filha da mãe? e é tudo um jogo sádico de ganhar e perder e crescer e compreender para no fundo voltarmos ao início da corrida, ao km zero, ao começo da inocência.
precisava muito de acordar amanhã com o mesmo sorriso que me habita há já uns dias e precisava ainda mais que esse sorriso não se desvanecesse com as horas que passam e teimam em não trazer de volta tudo o que tivemos de bom.
há um ano atrás muita coisa estava diferente, mas tinha alguns desejos semelhantes e outros que entretanto já se foram... mas porra, tinha muito menos medo.
precisava muito que me dissessem que vai ficar tudo bem.
tantos arrependimentos.
tantos sonhos.
tantas memórias.
tantas lágrimas.
tantas dores.
tantos sorrisos e palavras e toques e cheiros.
somos feitos de tudo aquilo que nos escapa do controle: e é quando mais precisamos de domar as emoções, que percebemos (a muito custo) o quão dependentes somos das vontades do Universo.
faltou a minha Rootless Tree, mas concerto não é concerto se não faltar qualquer coisa que deixe no ar a esperança de voltar. e de esperança é do que todos precisamos.
obrigada, Damien.
Well we were good, when we were good
When we were not misunderstood
You helped me love, you helped me live
You helped me learn how to forgive
Didn't you?
I wish that I could say the same But when you left, you left the blame Didn't you?