segunda-feira, 2 de novembro de 2015

do novembro

tenho andado tão ocupada que às vezes fico a pensar realmente que raio de vida é esta que nos obriga a crescer!
brincadeirinha. sinto-me muito realizada e feliz por aprender algo novo todos os dias e ir conquistando aos poucos o meu lugar ao sol.
estamos no início de novembro - o que nas palavras da minha mãe significa que o Natal está mesmo aí e daqui a 2016 é um pulinho - e por isso já comecei a introspecção face ao ano que está quase a terminar.
2015 foi um ano muito duro emocionalmente. aprendi a muito custo novamente que o timing é o nosso pior inimigo e que nunca conhecemos verdadeiramente ninguém até as circunstâncias porem as pessoas à prova. conheci também pessoas incríveis e reafirmei laços de amizade que me ajudaram quando o tapete me saiu debaixo dos pés.
fiz 25 anos. isto pode parecer lamechas e ridículo porque no fundo ainda sou uma jovem e bla bla bla, mas como ainda li no outro dia: a vida só nos desilude por teimarmos em ver aquilo que queríamos e não concretizamos. resumindo e concluindo, não era aqui que eu queria estar com 25 anos nem era aqui que todos me imaginavam. se deixei que a vida me fugisse por instantes? claro que sim. acomodei-me muitas vezes a uma realidade que julguei mais serena e segura para depois me ver completamente entediada pela falta de conquistas.
por isso mesmo, em 2015 mudei de emprego. do nada surgiu a oportunidade de mudar a minha vida e, ainda que para muitos possa ser apenas um emprego, para mim representou a tal mudança que ansiava há tantos anos.
a nível afectivo, não vamos nem falar. estou finalmente a recompor os cacos quebrados nos últimos meses e feliz por ter certas pessoas ao meu lado que nunca me deixam esquecer o quão importante é seguir em frente, de cabeça levantada, e sorrir.
talvez nem todos precisemos exactamente das mesmas coisas que os contos de fadas nos apresentam e que procuramos incessantemente. talvez eu precise de me apaixonar mais por mim mesma antes de me apaixonar de novo. o que sei é que, neste momento, estou muito realizada e feliz e rodeada de amigos e família e um mundo de possibilidades neste novo emprego que é no fundo uma folha em branco.
para trás fica um ano turbulento e complicado, tão cansativo que ainda não estou totalmente recuperada. fica também a certeza de que nenhum amor nos deve diminuir, anular ou mesmo sugar todas as forças na tentativa de remarmos, sozinhas, a bom porto.
talvez eu estivesse a remar na direcção errada, afinal de contas, e por isso não estivesse ninguém a remar comigo. mas se nem eu nem ele mudamos de atitude ao fim de tantas tentativas, foi por nenhum de nós considerar que estava errado -  e o que um não quer, dois não fazem, certo?
agora chega de introspecções e vou masé tirar o pijama, vestir algo bonitinho e dar um splash de cor nesta cara - esta semana estamos no turno da noite com o médio oriente :)



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