Poema vinte e três
Como
se desaprende
de
ser o que outros nos ensinaram
e
como se volta ao caminho
sem
ter deixado as migalhas pelo chão?
Deitar
fora a chave e rasgar os mapas –
não
foi essa a lição
que me
ensinaram, não.
Mas quando
se quer
com a
vontade mais forte que o passar das horas
tudo
parece possível, quando prometido
(e
essa mentira, meu bem
foi mais
tua
do
que minha
pois
a aliança saiu do dedo
directamente
para caixinha)
E eu
bem sei, meu bem
que
nunca mais te ver sorrir será o punhal perfeito
para
matar o que ainda existe
aqui
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