Há histórias incríveis que habitam o nosso imaginário e,
pior (melhor?) do que isso, histórias que de facto se concretizaram na vida
real. Há pessoas que têm queda para todo o tipo de coisas estrambólicas,
enquanto a outras está reservada a pacificidade de ser feliz. Ambas as circunstâncias
não deveriam ser incompatíveis, mas nunca vi uma mulher estrambólica pacífica,
nem uma moça sossegada com histórias para contar, por exemplo.
Dizia-me uma amiga no outro dia que um amor de há quatro
anos se achou no direito de a desenterrar do esquecimento, para depois a fazer
sentir que não era a ela que ele desejava. Ora, que grande merda. Os homens têm
muitas (demasiadas!) vezes essa capacidade distorcida de nos fazerem acreditar
neles, após muitos esforços, para depois nos provarem que estivemos sempre
certas em duvidar desde o início.
A mim, que já me aconteceu de tudo o que se possa
imaginar – sou uma das mulheres estrambólicas da primeira categoria – ainda me
falta encontrar um homem que seja sincero sem qualquer tipo de segundas
intenções. Ninguém é preto no branco, honesto e resolvido a vida toda: as
pessoas têm fases, são moldadas pelas circunstâncias, por paixões, ódios e
desejos… e, a maioria das vezes, pelo seu ego gigantesco… Mas de tudo o que já
me aconteceu, falta-me mesmo encontrar um homem sincero. Um que consiga, como me
disse um grande amigo no outro dia quando falava d’O Amor, aceitar os meus
defeitos em vez de os perdoar. E, mais importante do que isso, partilhar os
seus defeitos comigo em vez de os esconder.
Parece tão simples, não parece? O
problema é que a maioria das vezes, estrambólicas ou pacíficas, as pessoas são
maioritariamente cobardes. E isso é uma valente filha da putice.
And now all your love is wasted
So who the hell was I?
So who the hell was I?
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