terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

do tempo #48

as memórias do facebook são uma coisa muito engraçada - menos para quem tem uma vida tão irónica como a minha.
desde lembranças de como preparei ex-namorados para casar (ou para assumirem relações super felizes quando comigo eram só e simplesmente melodramáticos) até fotos com amigos em noites de que não me lembro (mas que as câmaras não deixaram esquecer), encontro e relembro também a constatação de que, se os homens são burros, as mulheres às vezes são muito mais.
então não é que houve uma altura da minha vida em que eu não só escrevia coisas profundas e as publicava no facebook (o que já por si só é mau) como ainda permitia que pessoas que me tinham partido o coração as fossem comentar (sabendo que eram dirigidas a elas) naquele limiar do ''acabou-tudo-mas-somos-amigos'' ??!!
amigos o caralho, pah! não há cá amigos depois de alguém fazer merda!
às vezes tenho vontade de voltar atrás no tempo e dar um par de estalos ao meu eu com 20 anos.
depois penso que também teria de o fazer ao meu eu com 22. e com 24. e isso já dá demasiado trabalho e eu tenho muito com que me entreter de cada vez que o facebook resolve lembrar-me do que fiz. oh, se tenho.



não, o livro nunca aconteceu (aindaaaa), mas pelo pouco (quase nada) que sei da vida dele, ele ainda continua a desenhar.
felizmente a vida mostrou-me, três anos após este episódio e depois de eu pensar que realmente tínhamos conseguido ficar amigos (mais uma chapada ao meu eu com 23 anos), que era melhor não fazermos mais parte da vida um do outro. curioso como tudo muda. e como o facebook tem agora a diabólica tarefa de nos relembrar isso todos os dias. (chapada ao meu eu com 25 anos),



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