segunda-feira, 10 de março de 2014
das amigas [que estão longe e sempre perto]
às vezes é engraçado como alguém com quem já não falamos há algum tempo pode dizer coisas tão acertadas.
isto por que, contextualizando, a J. já não vive em Portugal desde finais de 2012 (o que me custa para caraças) e apesar das novas tecnologias e afins, nem sempre estamos tão próximas como eu gostaria. viagens praqui e para acolá, empregos, horários, famílias e férias com namorados (e a porcaria da diferença horária!) a última vez que estive com ela já lá vai em setembro/outubro e o tempo passa a voar e nem nos apercebemos de que passamos semanas sem dar notícias.
mas depois há aqueles dias em que nos lembramos . porque no fundo nunca nos esquecemos - e temos conversas enormes sobre coisas tão fúteis como a puta da V. ou coisas tão importantes como passar a vida ao lado de alguém. e a J. , que desde 2012 partilha a vida a 100% (99%, vá) com outra pessoa, disse-me há pouco algo tão simples que me deixou realmente a pensar:
Tu não podes calcular os risco de uma relação antes de ela ter começado.
É impossível.
Cada dia é um dia, e tu sabes disso.
Não podes ter a certeza de que uma pessoa não te vai magoar nem tu a ela.
E as vezes é essa incerteza que faz com que as coisas durem.
Começas a gostar, a querer cuidar, começas a habituar-te ao mimo e também o queres
dar.
Tudo pode acabar no dia seguinte mas o dia seguinte é depois
às vezes é engraçado como alguém com quem já não falamos há algum tempo (e cujo discurso positivo difere de todos os outros que temos por perto e até mesmo do nosso) pode dizer coisas tão acertadas - coisas de que nos esquecemos no dia-a-dia, tão preocupados com um futuro que teima em não chegar. para o bem e para o mal, é tão simples quanto isso:
o dia seguinte é depois. :)
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