segunda-feira, 4 de novembro de 2013

das marés e dos marinheiros

No meio de uma conversa filosófica sobre a necessidade de um casal se adaptar às necessidades do outro e ceder por vezes (desde que se encontrem a meio do caminho), perguntaram-me se eu estava bem.
Pela primeira vez em muito tempo não fiz cara de peixe mal morto para dizer ''vai-se andando'' ou ''sim, vai passar'', como é hábito desta carapaça sorridente.
Pela primeira vez em muito tempo sorri de forma sincera e disse algo do tipo

''Claro que sim. Agora sim. Quando estão dois dentro de um barco e só um dos lados rema, andamos em círculos. Por isso ancorei o barquito, lancei-o borda fora 
e fiquei atracada a apreciar o pôr-do-sol e tal.'' 

A pessoa riu-se. E eu percebi que, pela primeira vez em muito tempo, não estava a ser hipócrita comigo mesma. Fuck yeah.

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