quarta-feira, 22 de março de 2017

do voltar (onde se foi feliz)

há qualquer coisa na cidade de Barcelona que me deixa sempre incrivelmente alegre.
visitei a cidade pela primeira vez em 2010, num lusco fusco de 12horas com direito a pequeno almoço, passagem pela sagrada familia, entrada no park guell, almoço, passagem pela la pedreda e batló e fim do dia nas ramblas e no hard rock da praça da catalunha.
da segunda vez, em 2012, consegui explorar a cidade até ao mar, subir a montjuic, perder-me no bairro gótico e ver cada detalhe da lindíssima batló. dizem que à terceira é de vez e sim, foi só nesta visita que entrei finalmente na sagrada família: não cometam o mesmo erro - é um dos maiores tesouros europeus inacabados e deixou-me o coração tão cheio que vou hoje trabalhar com um enorme sorriso.



nenhuma cidade se resume a um único monumento, mas conhecendo já as principais capitais europeias e mais uns quantos recantos, posso afirmar que encontrei na sagrada família os pulmões deste velho continente. e quão belo é poder inspirar tanta vida de uma vez só.



sábado, 18 de março de 2017

dos amores de infância



o novo filme é tão tão tão bom que só me apetece voltar a vê-lo vezes sem conta!
estou completamente apaixonada :)



tale as old as time
song as old as rhyme
beauty and the beast  🌹

quarta-feira, 8 de março de 2017

do que tenho ouvido em repeat


... e consequentemente não consigo parar de me rir.


dos regressos aos poemas

travo a baunilha e enrolo a lingua

sinto-te nas ausências de tudo o que persiste
em lembrar-me do silêncio
no ranger do soalho
na brisa rente ao ouvido
na calmaria da madrugada
que te entrega à minha porta.

matei-te faz já tanto tempo.

sobraram as gaivotas
de asas rentes no rio
levando e trazendo o Douro
pelos traços da cidade
para me lembrar do porquê de termos existido

já não sei sequer porque te matei
se podia simplesmente
não ter voltado nunca mais

desenrolo a língua e a baunilha regressa

(são quatro da tarde de um dia solarengo
está frio, mas não o suficiente para beber o chá
a que tento forçar-me)
perdi já conta das horas
dos traços
dos segredos
fujo tanto desta cidade por me sentir sua refém
e tu dono dela
que regresso sempre cheia de memórias
mas nunca vazia de ti.

a única certeza
que sempre carreguei
foi a de que nada nos pertence
como ponteiros destravados
de um qualquer relógio ansioso

que farei
quando as horas insistirem em passar
e eu continuar a temer?


08.03.2017
MMS