sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

do tempo #22



And if I be feeling heavy
You take me from the dark
Your arms they keep me steady
So nothing could fall apart

(...)
‘Cause I, I feel like I’m ready for love
And I wanna be your everything and more
And I know every day I say it
But I just want you to be sure


às vezes damos por nós revoltados com a vida, a pensar em voz alta 'por que é que isto me foi acontecer a mim outra vez?'
estou, infelizmente, nessa fase, mas de uma forma mais pacífica do que estive no passado.
por pacífica entenda-se que deixei de fazer perguntas, não que esteja de facto mais pacifica (impossível no meu caso, sou nervosa por natureza).

a questão fulcral é que já não pergunto porquê, apesar de todos os dias acordar mais cansada do que adormeci, de ter andado às voltas na cama e acordar por entre pesadelos e vontades de pregar duas chapadas a determinadas pessoas e dar dois berros ao mundo no geral. desisti de procurar razões. desisti de tentar explicar ou de, por outro lado, tentar compreender. desisti de esperar. desisti de tentar adaptar-me a tudo e a todos, quando no fundo eu fico sempre para trás.
já não pergunto porquê, apesar de andar há semanas com cara de choro, olheiras e mau humor. hoje mandei um colega de trabalho para o caralho. não que ele não merecesse, mas foi demasiado sentido e até me deixou furiosa comigo mesma por andar com os nervos tão em franja e dar importância a quem não a merece.
já não pergunto porquê, mas adorava que alguém, qualquer alminha caridosa, me explicasse se há realmente algum motivo, se a culpa é minha, o que é que fiz caralho??? ou se no fundo é tudo uma brincadeira masoquista do destino e daqui a uns tempos estou eu mais feliz do que qualquer outra pessoa irritantemente feliz que me possa ocorrer agora na memória.

calma mary, duas semanas e estás de férias anestesiada.

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