sexta-feira, 24 de outubro de 2014

de sintra (e do estoril e de cascais e de lisboa)

diz que voltei de férias.
e diz que a vida é bem pior quando temos compromissos e horas marcadas, porque temos onde estar e quem nos espere - mas a parte boa, é termos quem nos espere.








Bom Fim de Semana!

domingo, 19 de outubro de 2014

das (ultimas) férias (do ano)

entrar no comboio.
ver isto pela primeira vez.
adormecer na capital.
entrar no carro.
fazer check in num pequeno paraíso.
respirar novos ares.
esquecer o mundo-mau.
fazer um reset.
esquematizar objectivos.
ponderar decisões.
organizar prioridades...
ser uma prioridade.


até pra semana.

de quando a blogosfera goza com a nossa cara #3

isto > #pudim < nunca fez tanto sentido.


(lembrei-me tanto de ti Ritinha :) )

dos tipos de mulheres

Todas nós, mulheres, em alguma altura da nossa vida, demos por nós a usar a expressão 'não sou desse tipo de mulheres', como se excluirmo-nos de uma categoria (e consequentemente incluirmo-nos noutra) pudesse de facto categorizar-nos em algo superior do que realmente os outros acham que somos.
Pois bem, minhas queridas, não pode. Muitas vezes dei por mim a dizer que não compreendo o tipo de mulheres que faz isto ou aquilo, como se ter um 'like' numa página de fãs da casa dos segredos ou partilhar citações infelizes- daquelas que afirmam ser da autoria de Fernando Pessoa e que depois de alguma pesquisa percebemos que a internet é uma sacana e afinal foi a mãe do CR7 que a proferiu numa qualquer entrevista para Lux - nos pudessem definir a 100%.
Todos temos telhados de vidro, esqueletos no armário, poeira varrida para debaixo do tapete.
Há sempre uma parte de nós que nunca confessamos a ninguém e uma outra parte da qual fazemos propaganda, qual expressão que mais utilizamos para posar para uma fotografia, como se fosse esse o nosso melhor.

Se de facto puder incluir-me nalgum tipo de mulher neste momento, sou do tipo que foi à Disneyland com 22 anos e chorou ao ver o Mickey, que sabe as músicas da Disney todas de cor e que ainda vai ao cinema ver os filmes e tem carteiras estampadas com a Sininho.
Sou do tipo de mulheres que prefere um bom bolo de chocolate a um iogurte com linhaça, mas que reconhece que a segunda opção é que deveria ser remetida para mulheres de porte generoso como moi même, pelo que de vez em quando a tenho em consideração.
Sou do tipo de mulheres que prefere ter os pés aquecidos a dormir com meias, mas que de igual modo ainda dorme numa cama de solteiro e gosta muito de ver todos os seus tarecos no seu devido lugar, sem trapalhices masculinas pelos cantos.
Sou do tipo de mulheres que fica contente com o sucesso dos outros sem sentir inveja, porque sou espicaçada pela felicidade alheia como combustível para a minha própria felicidade, ou pelo menos assim tento.
Sou do tipo de mulheres com muitos inimigos, e com tão poucos amigos que os conheço a todos de cor e ainda me deixo surpreender por cada um a cada dia - e essa é a minha verdadeira vitória.
Sou do tipo de mulheres que adora viajar e planear cada detalhe, ouvir música enquanto caminho pelas ruas, dormir 12horas ou ficar enroscada em mantas a ver um filme com o portátil no colo, cozinhar sobremesas calóricas e plantar sorrisos quando ofereço presentes.
Sou do tipo de mulheres teimosas que não sabe o que quer, que encontra sempre defeitos ou partes que mudaria, mas que é tão fácil de convencer e de se deixar render a uma nova ideia (se me souberem apelar ao coração).
No fundo, gasto 80€ num bilhete para Michael Bublé e provavelmente encontrar-me iam a torcer o nariz se falassemos em gastar o mesmo valor num par de sapatos: sou do tipo de mulheres que vive pela experiência, que põe os sentimentos sempre em primeiro lugar (sejam bons, sejam maus) e que não consegue compreender meios termos, coisas mornas, comida sem sal.
Sou do tipo de mulher que ou se ama ou se odeia - como dizem os que me conhecem bem, às vezes sou Mary, outras Mariana Silva. E só quem consegue conviver com ambos os lados (ainda que eu própria prefira a Mary também), pode de facto perceber o porquê de ser muito díficil excluir-me ou incluir-me em qualquer categoria que seja - afinal, todos os dias acordo a desejar ser outro tipo de mulher. E é isso que nos faz, enquanto seres humanos, continuar a respirar e seguir em frente.





sábado, 11 de outubro de 2014

da pior pessoa do mundo a quem dar presentes

é ele. 
mas no fundo eu percebo, enquanto baixa a cabeça com um sorriso de quem está tão sem jeito que não sabe ser entusiasta, que ficou feliz com uma coisa tão simples.
e é o que importa.


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

dos ossos do ofício

aquele momento em que entramos no wc do centro comercial, vazio.
minutos depois, alguém entra no cubículo adjacente.
ao telemóvel, conta peripécias da noite anterior, enquanto faz um xixi básico e larga um puzinho ou outro. nós continuamos caladas, e começamos a ficar atentas depois de ouvir o verbo «pagar».
acontece que as prostitutas afinal também têm sentimentos. e um cliente que dá bombons e paga 50€ por 20minutos de conversa e beijinhos, é coisa para uma pessoa se apaixonar.
ou para ficar completamente «fodida por ele» - o que eu interpretei como sinónimo de «apaixonada» em putês.

saí de fininho antes que se apercebessem que estava alguém a ouvir aquilo tudo.
é que além de ter sentimentos, aposto que também não devem ter pudor em partir a boca a uma gaja.
dasse.