quarta-feira, 30 de outubro de 2013

do azar




Eu nem costumo ser supersticiosa, mas 13 não é definitivamente o meu número.
Deu para acontecer de tudo este ano, e só de pensar que ainda faltam 2 meses e que muita coisa pode ainda acontecer até 31 de Dezembro... nem sei.
Pra já é ficar contente com a forma física ter voltado (quase) ao sítio. É ficar contente por ter os amigos mais perto do que nunca. E tentar serenar esta cabeça para concluir tudo o que ainda está pendente.
Infelizmente acho que 2013 vai mesmo ser isso, o ano ''pendente''. Que seja.
Afinal de contas, 2014 está quase aí e 2 meses passam a correr. Que o diga quem teve o coração partido há quase 7.




sábado, 26 de outubro de 2013

das constatações #5


- por que é que só nos interessamos por homens que têm namorada?
- porque eles não esperam que sejamos namoradas deles.


terça-feira, 22 de outubro de 2013

das constatações #4

uma mulher teme mais um homem que pede para conversarem
do que um que só a quer levar para a cama.



true story.

domingo, 20 de outubro de 2013

do tempo #5



de volta ao trabalho e à rotina... 
adeus horas de sono, filmes, séries, pijama e cafés e saídas.
de volta à realidade e ao que magoa.

uma coisa a reter: nem tudo o que parece, é.
isto, por exemplo, é uma música pindérica da Cher.
só que não.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

do low cost


É JÁ AMANHÃ!

fico tão feliz de cada vez que entro no avião.
é mesmo coisa de pobre, já diria o nosso amigo:


mas ao menos vou. 
:D

sábado, 5 de outubro de 2013

de hoje à noite

'dá-me a tua melhor faca
pra cortarmos isto em dois
e amanhã esquecer'

Linda Martini
apresentam Turbo Lento, no HardClub

terça-feira, 1 de outubro de 2013

das fases

Tenho um raio de sol a entrar pela janela (coisa inédita há dias) por isso achei que era boa ideia sentar-me com o portátil aberto sobre as pernas.
Eu não sou uma pessoa fácil. Nenhum de nós é, devido à filha da mãe da relatividade que faz com que tudo seja diferente aos olhos de outra pessoa. E por não ser uma pessoa fácil, já passei por muita coisa difícil.
O incrível de vivermos coisas negativas é o poder impactante que elas têm de nos mudar, sem pedir permissão. Não estou a falar de traumas, estou a falar de lições. Estou a falar de aprendermos mais sobre nós mesmos através do mal que os outros nos fazem. Estou a falar de passarmos por uma injustiça e sermos capazes de ultrapassar a fase do ''eu não merecia isto'' e seguirmos em frente.
Não é fácil, mas eu também não sou uma pessoa fácil.
2013 não está a ser, de todo, o ano que eu esperava. Tenho ainda demasiados projectos na prateleira que já deveria ter concluído, outras quantas tentativas que não deram certo, uma estagnação horrível a nível profissional e tive, até ha bem pouco tempo, um peso no meio do peito.. que felizmente está muito mais leve.
O ano começou, para mim, com o fim de uma relação - literalmente. Após a pior passagem de ano de sempre, dia 1 de Janeiro eu fiquei solteira. Sozinha. Mas convicta de que era a melhor solução para uma relação podre que já só me fazia mal.
Esta fase durou dez dias. Depois veio a fase do arrependimento, do choro, do bater à minha porta às duas da manhã a pedir outra oportunidade. E por fim veio a fase em que eu cedi, contra tudo o que acreditava ''nunca se volta com um namorado depois de acabar, porque os motivos que nos fizeram acabar da primeira vez estão lá sempre'', porque achava que isso faria de mim alguém melhor - e eu queria dar-lhe (e ser com ele) uma pessoa melhor.
Dois meses depois de uns quantos tropeções, o fim inevitável chegou. Não foi sem avisos, porque indícios havia muitos. Mas foi sem carácter. Sem satisfações. Sem uma conversa. Do dia para a noite. Um fim redondo de quem nunca teve consideração por nenhum outro ser humano, sempre achando-se injustiçado pela mediocridade, pela falta de alicerces, pelo azar, pela vida. Eu tentei. Mais do que uma vez tentei que o fim fosse pacífico, que fossemos adultos no verdadeiro sentido da palavra, que tivéssemos respeito mútuo pela convivência diária inevitável a que estávamos sujeitos. Mas não deu.
O tempo foi passando e assumi a postura que sempre assumo: aniquilei radicalmente da minha vida o que me fazia tanto mal. Essa foi a fase insuportável.
Até que, numa bela noite, surgiu uma conversa. Essa seria a fase sincera, pensei eu. E pensei também que poderia apaziguar toda a raiva de quem, durante quase dois anos, tentou fazer outra pessoa feliz, desprotegendo-se tanto ao ponto de ser completamente desrespeitada - eu.
Acedi àquela conversa com um sorriso, a pensar que mais uma fase negra havia passado, que podíamos de facto voltar a dizer sequer 'boa noite', que tudo poderia ser mais fácil.
Mas eu não sou uma pessoa fácil. E a conversa não foi de todo sincera.
Havia outra pessoa, já desde antes do nosso fim ter chegado. E - não importa se concretizado fisicamente ou não - a intenção estava lá, e foi ela a catapulta para o fim estúpido que enfrentamos.
No entanto, apesar da oportunidade, ele nada me disse. Eu sabia por outros que eles viviam juntos há bastante tempo e esperava ouvir da boca dele uma verdade, pelo menos uma. Mas não.
Depois desta altura, já tinha passado recorrentemente pela fase do ''como é que eu me pude enganar tanto acerca de alguém?''. Mas nunca tive resposta.
Veio o verão, o calor. Veio o outono, a chuva.
O incrível de vivermos coisas negativas é o poder impactante que elas têm de nos mudar, sem pedir permissão. Eu tinha muito medo desta mudança, porque já anteriormente a tinha experienciado e não tinha sido nada benéfica. Mas desta vez... desta vez foi diferente.
Nunca fui pessoa de perdoar, mas não me sinto corrompida pelo ódio. Pelo contrário, acho que quando nos deixam com cicatrizes, não devemos removê-las a laser: devemos usá-las com orgulho, cientes de que por aquele caminho tentaremos não ir nunca mais. Devemos deixar que o tempo, a rotina, os amigos, a família, os amores, os afazeres, tudo se apodere daquela cicatriz, de forma a torná-la quase invisível - nessa altura, vamos aperceber-nos de quão pequeno era aquele problema. Do quão insignificante se revelou, do quão pouco merecedor do nosso tempo e energias. Mas deixou marca. E por isso mesmo, não nos devemos nunca esquecer nem arrepender, se na altura fizemos o melhor que podíamos com o que sabíamos.
Eu hoje sei que se tivesse começado 2013 solteira, tudo seria diferente. Quanto mais não fosse porque não iria conhecer a faceta merdosa da pessoa que amei; ia ficar sempre com as boas memórias, o amor-bom, e ia culpar as circunstâncias e o timing por não ter resultado. Seria sim muito mais fácil.
Mas como eu não sou uma pessoa fácil, esta odisseia ainda não terminou. Terminou sim - e já há bastante tempo - o tempo que dediquei a tentar resolver uma situação com alguém que nunca deveria ter merecido sequer um minuto da minha atenção.
Agora só me resta rir, quando me apercebo do quão ridiculo é termos tanto medo de nós mesmos ao ponto de não sabermos ficar sozinhos. O quão triste é não ter objectivos na vida, não saber ser feliz, e culpar diariamente os monstros do passado por nos terem amaldiçoado, fazendo de nós vítimas carentes. O quão problemático é seguir de mulher em mulher (ou de homem em homem), em busca do que a anterior não tinha, para vir a descobrir que também a essa lhe falta alguma coisa ... quando no fundo falta algo a si mesmo.
Descobri há dias que ele vai casar com ela. Depois de há 3 anos ter deixado uma noiva no altar. E de, meses depois, se ter envolvido comigo. E de terem passado pouco mais de seis meses desde que o nosso fim chegou. Como não sou uma pessoa fácil, só consegui dar uma gargalhada e dizer interiormente (depois de ter pensado em lhe deixar um número de um psicólogo, porque isto já não vai lá sem medicação) ''do que te livraste''.
Afinal de contas, todas as fases negativas trazem algo de bom.
Esta é a fase do ''ufa''.